Resumo

O envelhecimento afeta as funções básicas cognitivas e motoras, diminuindo o equilíbrio e a mobilidade funcional, que podem levar a um aumento no risco de quedas em idosos. Alguns idosos dependem do apoio e cuidados da família, porém, devido a fatores culturais, socioeconômicos e/ou instabilidade no meio familiar por vezes necessitam recorrer aos cuidados de uma Instituição de Longa Permanência (ILPI). O objetivo desse estudo foi analisar o risco de quedas, a mobilidade funcional e o nível de atividade física de idosas residentes em uma ILPI de São Luís no Maranhão. Participaram da pesquisa 20 idosas com idade superior a 60 anos, 10 em cada grupo: institucionalizadas (GI) e não institucionalizadas (GNI). A participação na pesquisa esteve condicionada à assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, manifestando o interesse em ser voluntária. Os instrumentos de avaliação foram: a) Anamnese (idade, peso, altura, presença de quedas no último ano); b) Mini Exame do Estado Mental (MEEM); c) Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão longa para idosos; d) Escala de Berg para risco de quedas e equilíbrio; e) Teste Timed Up and Go (TUG) de mobilidade funcional. A hipótese levantada foi que idosas institucionalizadas apresentariam piores pontuações nos testes de equilíbrio, risco de quedas e mobilidade funcional do que as não institucionalizadas, pois a institucionalização pode reduzir várias tarefas do dia a dia, contribuindo para o aumento de inatividade. Idosas institucionalizadas (idade média 75, ± 7,12 anos) e idosas não institucionalizadas (idade média 75,20, ± 7,27) apresentaram pontuação semelhante no MEEM com média de 27,50 ±1,43 no GI e de 27,70 ± 1,49 no GNI. Quatro idosas do GI relataram presença de quedas no último ano, sendo que a quantidade que quedas variou de uma a três, com duas idosas relatando duas quedas; no GNI duas idosas relataram uma queda e uma duas quedas. Com os resultados do IPAQ no GI duas idosas foram classificadas como sedentárias e oito como irregularmente ativas, no GNI duas foram classificadas sedentárias, cinco como irregularmente ativas e três como ativas. A pontuação média na escala de Berg foi de 43 no GI e 52 no GNI e no teste TUG 15 no GI e 9 no GNI. Pode-se concluir que idosas institucionalizadas apresentaram maior déficit de equilíbrio e menor nível de mobilidade funcional, relataram maior número de quedas e obtiveram menor nível de atividade física quando comparadas às idosas não institucionalizadas, percebendo-se ausência de idosas ativas na instituição.

Acessar