Resumo

O risco é fator inerente a condição humana, sempre ameaçada pela incerteza, que sufoca as novas descobertas, passando pelo estado do medo sendo resgatado pela liberdade, despertando sensações de prazer a cada conquista. Nesta perspectiva, o risco na prática da vela está presente por ser realizado pela ação da natureza incerta – água, vento – em condução do corpo que veleja em equilíbrio com o barco. O objetivo deste estudo é analisar as situações de risco por meio da prática da vela. Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo de campo, em que participaram 12 atores sociais, que velejam há pelo menos 5 anos, em João Pessoa/PB. O instrumento utilizado foi um roteiro de entrevista semi-estruturada. Como recursos técnico, utilizou-se um caderno de campo, um gravador e uma câmera para os registros orais e imagéticos. As entrevistas foram transcritas e analisadas por meio da análise de discurso. Os resultados obtidos à luz da assunção dos riscos foram classificados em duas categorias: a) situações de risco provenientes das ações humanas: que tratou dos relatos ocorridos na prática da vela onde ocorreram danos em peças e/ou equipamentos que resultou situações de perigo e ameaça a vida do velejador; b) situações de risco provenientes das ações naturais: onde as questões dos riscos foram oriundas das mudanças relacionadas aos aspectos climáticos, como variações do vento, chuva, ondas muito altas que provocaram danos a embarcação, perigo e ameaça aos velejadores, onde muitos dos participantes foram salvos por estarem equipados com recursos tecnológicos tais como GPS e rádios de comunicação. Apenas um participante afirmou que nunca passou por situação de risco.

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