Roupa canguru
Por Marcelo Masson (Autor), Maria Luzia Bonacolsi (Autor), Cleidimara Luiz Deluca (Autor), Katiane Soares Lourenço (Autor), Katiuza Alexandre Tambosi (Autor).
Parte de Boas práticas na educação física Catarinense 2020 . páginas 164 - 186
Resumo
O projeto buscou realizar as vontades e os sonhos de um menino cadeirante. Relatamos todos os passos, as frustrações e as conquistas até a sua concretização, ou seja, a contextualização da realidade escolar, os processos, as etapas, a cronologia especificada em detalhes e as atividades desenvolvidas durante as vivências do projeto. Somos capazes de transformar nossas vidas e, quando nos é dada a chance de transformar a vida de alguém para melhor, devemos nos dedicar ao máximo para que esse momento seja inesquecível. Nossas escolas, em sua maioria, encontram falta de recursos, de repasses e de materiais, além de espaços sem a devida acessibilidade. Isso leva à acomodação dos profissionais e, consequentemente, a não fazerem além de suas atribuições funcionais. Pensamos sobre as dificuldades pedagógicas para incluir um aluno com paralisia cerebral nas aulas de Educação Física, que vão desde o desconhecimento de atividades propícias até a responsabilidade com a integridade desse estudante. Então, a partir das Paraolimpíadas do Rio em 2016, um pedido repetido quase diariamente do aluno Cauê era o de querer jogar futebol com os colegas. Manifestou-se a ideia de unir o aluno ao corpo do professor. O que e como fazer isso passou a ser o questionamento constante, e a conjugação de esforços dos professores foi decisiva para o aprimoramento do projeto. Desenvolvemos, então, o conceito da “roupa canguru”, mas precisaríamos de patrocínio e de quem desenvolvesse o projeto da roupa. Surgiu a parceria com a Pedra Ferro Confecções, apadrinhada pelas senhoras Paula Klock e Maria Inês Klock, proprietárias e estilistas da empresa.