Roupa canguru
Parte de Boas práticas na educação física Catarinense 2020 . páginas 164 - 186
Resumo
O projeto buscou realizar as vontades e os sonhos de um menino cadeirante. Relatamos todos os passos, as frustrações e as conquistas até a sua concretização, ou seja, a contextualização da realidade escolar, os processos, as etapas, a cronologia especificada em detalhes e as atividades desenvolvidas durante as vivências do projeto. Somos capazes de transformar nossas vidas e, quando nos é dada a chance de transformar a vida de alguém para melhor, devemos nos dedicar ao máximo para que esse momento seja inesquecível. Nossas escolas, em sua maioria, encontram falta de recursos, de repasses e de materiais, além de espaços sem a devida acessibilidade. Isso leva à acomodação dos profissionais e, consequentemente, a não fazerem além de suas atribuições funcionais. Pensamos sobre as dificuldades pedagógicas para incluir um aluno com paralisia cerebral nas aulas de Educação Física, que vão desde o desconhecimento de atividades propícias até a responsabilidade com a integridade desse estudante. Então, a partir das Paraolimpíadas do Rio em 2016, um pedido repetido quase diariamente do aluno Cauê era o de querer jogar futebol com os colegas. Manifestou-se a ideia de unir o aluno ao corpo do professor. O que e como fazer isso passou a ser o questionamento constante, e a conjugação de esforços dos professores foi decisiva para o aprimoramento do projeto. Desenvolvemos, então, o conceito da “roupa canguru”, mas precisaríamos de patrocínio e de quem desenvolvesse o projeto da roupa. Surgiu a parceria com a Pedra Ferro Confecções, apadrinhada pelas senhoras Paula Klock e Maria Inês Klock, proprietárias e estilistas da empresa.