Saca só – levantando oportunidades, bloqueando o preconceito e cortando as diferenças sociais
Por Thayná Bárbara Nascimento Santos (Autor), Aline dos Reis Lacerda (Autor), Antônio Roberto Carvalho do Carmo (Autor), Nicolas Bueno Alves (Autor), Francisco Teixeira Coelho (Autor).
Em IV Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte - CIPE
Resumo
Criado em 2019, o projeto de extensão “Saca Só – levantando oportunidades, bloqueando o preconceito e cortando as diferenças sociais” surgiu com o objetivo de ensinar voleibol em escolas públicas da cidade de Uberaba/MG, a partir das características das propostas de ensino interacionistas. Além disso, o projeto é uma oportunidade para que os alunos do curso de Educação Física da Universidade Federal do Triângulo Mineiro vivenciem a proposta de ensino com características interacionistas, uma vez que durante a formação no curso o ensino das modalidades esportivas coletivas é feito predominantemente a partir do modelo de ensino analítico. Objetivo: Descrever como o Saca Só é desenvolvido visando à formação integral dos cidadãos. Desenvolvimento: As aulas do projeto são ofertadas para 32 adolescentes, com idade entre 12 e 19 anos, duas vezes por semana, em duas escolas estaduais da cidade de Uberaba/MG. Semanalmente, os professores do projeto se reúnem para elaborar as atividades da semana seguinte, sempre buscando contemplar as seguintes características: 1) aluno como centro das atenções, 2) ensino do todo para as partes, 3) valorização da imprevisibilidade, 4) contextualização, 5) ensinar mais que a modalidade, 6) inclusão, 7) vivência de diferentes funções, 8) problemas resolvidos pelos alunos, 9) formação de cidadãos, 10) adaptação de materiais, regras e espaços, 11) valorização do conhecimento prévio do aluno e 12) evitar a especialização precoce. Nas reuniões semanais para a elaboração das atividades, também são debatidos artigos que abordam experiências de ensino interacionistas e, quando temas transversais são vivenciados nas aulas, como por exemplo, gravidez na adolescência, preconceitos e violências de diversas maneiras, professores com experiências nessas áreas são convidados para proporcionarem uma formação complementar aos professores do projeto. O ponto mais sensível do projeto é a baixa procura por parte dos alunos do curso de Educação Física para atuarem como professores no projeto. Muitos estão interessados apenas nas horas de atividades acadêmicocientífico-culturais disponibilizadas pelo projeto, e não na formação interacionista proporcionada. O ponto forte tem sido a capacidade de desenvolver valores morais, como por exemplo, empatia, respeito, solidariedade, cooperação e inclusão.