Salary cap, força esportiva das equipes e suas implicações competitivas: diferentes estratégias para a montagem de equipes da nba a partir da restrição salarial
Por Élcio Eduardo de Paula Santana (Autor).
Resumo
A NBA (National Basketball Association) é uma liga de basquete profissional estadunidense, que apresentou receita de US$ 10 bilhões em 2021- 22 (Ozanian e Teitelbaum, 2022). 58 milhões de fãs do esporte são encontrados no Brasil (Bonfim, 2023). A excelência econômica é induzida pela busca de competitividade entre as equipes da NBA – uma premissa gerencial da organização (Aschburner, 2018). As ligas esportivas têm no balanço de competividade (BC) um de seus pilares de sustentação (Scelles et al., 2011), e a determinação de como funciona o produto esportivo básico, o jogo (Sutton, 1998), pode ser decisiva para se estabelecer essa base. Em ligas fechadas (Rosner e Shropshire, 2011) como a NBA, o salary cap (SC) (teto salarial), pode ser utilizado como um indutor de competitividade (Fort e Lee, 2007). Um elemento essencial do produto esportivo, a regra (Mullin et al. 2004), apresentase como instrumento a ser necessariamente manipulado para postular as diretrizes do SC, limitando a contratação de jogadores por parte dos times que compõem as ligas fechadas, para que haja uma variação controlada no investimento que cada equipe aporta para a construção de seus elencos. Na NBA há um SC estabelecido para a temporada 2023-24 que pode ser ultrapassado pelos times em certas situações; porém, a partir do atingimento de determinados valores a equipe sofre penalidades (NBA, 2023a,b; Quaile, 2023). Essas determinações servem o propósito de permitir que equipes menos cortejadas por grandes atletas possam ter a oportunidade de contar com o serviço desses, de maneira que todos os times que compõem a liga tenham chances mais similares de vencer.