Salto Vertical com Contramovimento: uma estratégia para o monitoramento de treinos de Padel
Por Gabriel Rigo Weber (Autor), Pedro Modesto (Autor), André Frescura Rodrigues (Autor), Thiago José Leonardi (Autor).
Em 13º Congresso Internacional do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região CONCREF
Resumo
O padel é considerado um esporte intermitente, com sprints repetidos, trocas de direção, ações explosivas e intervalos de recuperação (PRADAS et al., 2021a). O monitoramento das intensidades interna/externa é imprescindível à manutenção do risco de lesão e supercompensação (CLAUDINO et al., 2012). Logo, por ser um esporte emergente, o controle do treinamento no padel vem evoluindo e o salto vertical é uma variável neuromuscular factível. Objetivo: Busca-se analisar as diferenças no Salto Vertical com Contramovimento (CMJ) intra e entre os treinos da seleção brasileira de padel de menores em dois blocos de treinamento. Referencial teórico: A Altura do CMJ (hCMJ) é um método simples que possibilita o monitoramento de fadiga e supercompensação no treinamento, possibilitando alterar intensidade e volume do treino em tempo real (CLAUDINO et al., 2012). Apesar da performance do CMJ em atletas profissionais de padel e tênis ser similar e inferior a de badminton (PRADAS et al., 2021a), uma simulação de competição com atletas de alto nível de padel não expôs fadiga neuromuscular em membros inferiores, corroborando com achados similares no tênis e badminton (PRADAS et al., 2021b). Materiais e métodos: Os dois blocos de treinamento foram compostos de 4 dias de treinos em dois turnos cada um. Participaram 64 atletas (idade de 10 a 18 anos) dos treinamentos e 44 foram selecionados para monitoramento pelos treinadores da seleção brasileira de padel de menores. Todos realizavam um aquecimento (mobilidade e pré-ativação com deslocamentos), os 44 selecionados executavam três CMJ máximos (mãos na cintura, flexão de joelho até, aproximadamente, 90º e extensão completa na fase de voo), o melhor valor era incluído na análise. Nessa, comparava-se a altura pré-sessão com a base (avaliação de referência com cada atleta feita nos testes, dia 1) e, em caso de perda de altura do salto ≥10%, avisava-se os treinadores para diminuir a intensidade do treino tático-técnico. A mensuração da altura dos saltos foi feita com um tapete de contato (Jump System Duo, CEFISE®, Nova Odessa, Brasil), software Jump System 1.0. Os dados foram tabulados, analisados e os gráficos feitos no software Excel 2013. Resultados e Discussão: Os atletas apresentaram melhoras e perdas de altura ao longo dos dias de treino nos dois blocos de treinamento, entretanto o Bloco 2 apresentou melhores resultados nas médias de altura dos atletas por sessão. Conclusão: Assim, parece que os atletas melhoraram a condição física do Bloco 1 para o Bloco 2 de treino e passaram pelo efeito da aprendizagem do teste aumentando a hCMJ.