Resumo

O padel é considerado um esporte intermitente, com sprints repetidos, trocas de direção, ações explosivas e intervalos de recuperação (PRADAS et al., 2021a). O monitoramento das intensidades interna/externa é imprescindível à manutenção do risco de lesão e supercompensação (CLAUDINO et al., 2012). Logo, por ser um esporte emergente, o controle do treinamento no padel vem evoluindo e o salto vertical é uma variável neuromuscular factível. Objetivo: Busca-se analisar as diferenças no Salto Vertical com Contramovimento (CMJ) intra e entre os treinos da seleção brasileira de padel de menores em dois blocos de treinamento. Referencial teórico: A Altura do CMJ (hCMJ) é um método simples que possibilita o monitoramento de fadiga e supercompensação no treinamento, possibilitando alterar intensidade e volume do treino em tempo real (CLAUDINO et al., 2012). Apesar da performance do CMJ em atletas profissionais de padel e tênis ser similar e inferior a de badminton (PRADAS et al., 2021a), uma simulação de competição com atletas de alto nível de padel não expôs fadiga neuromuscular em membros inferiores, corroborando com achados similares no tênis e badminton (PRADAS et al., 2021b). Materiais e métodos: Os dois blocos de treinamento foram compostos de 4 dias de treinos em dois turnos cada um. Participaram 64 atletas (idade de 10 a 18 anos) dos treinamentos e 44 foram selecionados para monitoramento pelos treinadores da seleção brasileira de padel de menores. Todos realizavam um aquecimento (mobilidade e pré-ativação com deslocamentos), os 44 selecionados executavam três CMJ máximos (mãos na cintura, flexão de joelho até, aproximadamente, 90º e extensão completa na fase de voo), o melhor valor era incluído na análise. Nessa, comparava-se a altura pré-sessão com a base (avaliação de referência com cada atleta feita nos testes, dia 1) e, em caso de perda de altura do salto ≥10%, avisava-se os treinadores para diminuir a intensidade do treino tático-técnico. A mensuração da altura dos saltos foi feita com um tapete de contato (Jump System Duo, CEFISE®, Nova Odessa, Brasil), software Jump System 1.0. Os dados foram tabulados, analisados e os gráficos feitos no software Excel 2013. Resultados e Discussão: Os atletas apresentaram melhoras e perdas de altura ao longo dos dias de treino nos dois blocos de treinamento, entretanto o Bloco 2 apresentou melhores resultados nas médias de altura dos atletas por sessão. Conclusão: Assim, parece que os atletas melhoraram a condição física do Bloco 1 para o Bloco 2 de treino e passaram pelo efeito da aprendizagem do teste aumentando a hCMJ.

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