Satisfação no Trabalho do Professor de Educação Física
Por Jeane Barcelos Soriano (Autor), Pedro José Winterstein (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 12, n 2, 1998. Da página 145 a 159
Resumo
O objetivo desse estudo foi comparar o grau de satisfação e significação do trabalho do
professor de educação física, com o de professores de outros componentes curriculares. A questão do estudo
foi verificar se os professores de educação física apresentariam diferença no grau de satisfação no trabalho e
no significado atribuído ao mesmo, em comparação com professores de outros componentes curriculares
(matemática e português), tradicionalmente valorizados dentro da educação escolarizada. Participaram do
estudo, 236 professores, sendo 113 de educação física, 62 de matemática e 61 de português de 1o. e 2o. graus
da Cidade de São Paulo. Para análise dos dados foram utilizados o teste t (“Student”) e análise de variância
(anova “on-way”), com nível de significância p < 0,05. Os resultados indicaram: a) uma diferença significante
(t = 2,01; p = 0,041; para gl = 234) nos escores de satisfação, apontando uma tendência de maior satisfação no
trabalho dos professores de educação física (189,80) significativamente maior que os dos outros componentes
curriculares (184,63); b) para atribuição de significado do trabalho, não houve diferença significante (t = 0,95;
p = 0,344; para gl = 234). Este resultado mostrou-se, de certa forma, inesperado em relação a educação física,
principalmente pelo fato da produção acadêmica pontuar preocupações com a pouca clareza acerca do seu
papel e finalidade na escola.