Saúde Autorrelatada Entre Jovens e Suas Associações com a Prática de Atividade Física Fora da Escola, índice de Massa Corporal e Tempo de Tela em Um Município Urbano de Portugal
Por Jorge Mota (Autor), Michael Duncan (Autor), Mauro Virgilio Gomes de Barros (Autor), José Cazuza de Farias Júnior4 (Autor), José Carlos Ribeiro (Autor), Joana Carvalho (Autor), Maria Paula Santos (Autor), Andreia Pizarro (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 22, n 3, 2017.
Resumo
Este estudo analisou as associações entre a autoavaliação da saúde (AAS) com a atividade física (AF) fora do contexto escolar, o índice de massa corporal (IMC) e o tempo de televisão (TTV). Um total de 1.121 adolescentes de 10 a 18 anos de idade participaram deste estudo transversal. A AF foi mensurada por questionário. O TTV foi obtido pela questão “Na última semana quantas horas por dia você passou assistindo TV?”. O IMC foi utilizado como indicador do estado nutricional. As associações entre a AAS e as restantes va-riáveis foram determinadas, separadamente por género, pelo Chi--quadrado e regressão logística multivariada, controlando para a escolaridade da mãe. Níveis elevados de AF foram associados a uma melhor AAS (rapazes: OR = 2,43; IC95%: 1,24-4,78; meninas: OR = 2,02; IC95%: 1,26-3,24). Rapazes com sobrepeso/obesidade apresentaram menor chance de autoavaliarem o estado de saúde de forma positiva (OR = 0,41; IC95%: 0,20-0,81) quando compara-dos aos de peso corporal normal. O TTV não se associou à AAS em rapazes nem em meninas. Ter sobrepeso/obesidade não se mostrou significativamente associado a AAS em meninas. Os resultados do nosso estudo sugerem que maiores níveis de AF em rapazes e em meninas e menor IMC nos rapazes se associam a uma melhor AAS.