Resumo

INTRODUÇÃO: O climatério é uma fase biológica onde ocorre a transição da vida reprodutiva para não reprodutiva da mulher, marcada por alterações metabólicas, muitas delas devido à gradativa diminuição da produção de estrogênio pelos ovários, como as modificações nocivas dos lipídeos e lipoproteínas (elevação nos níveis triglicerídeos (TG) e redução dos níveis de High Density Lipoprotein (HDL)). Estudos tem se posicionado que a relevância da Atividade Física (AF) para a prevenção e controle dos fatores de riscos cardiovasculares ainda precisa ser enfatizada, principalmente quando se trata de pesquisas relacionadas à saúde da mulher no período climatérico. OBJETIVO: Discutir e investigar em fontes literárias o efeito da prática da AF nos níveis de TG/HDL durante o climatério em mulheres sedentárias. MATERIAIS E MÉTODOS: Pesquisa quantitativa de caráter descritiva. É um processo de investigação em que se interessa descobrir e comprovar especificamente as relações existentes entre a AF e os níveis de TG/HDL em mulheres. O procedimento metodológico foi o levantamento de dados em série nos matérias disponíveis na internet, livros, artigos, teses, monografias e dissertações, através da busca no banco dos dados do Google Acadêmico, Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e da Bireme. Depois recorre à interpretação e análise, buscando tecer relações críticas entre os dados explícitos. O instrumento utilizado para recorrer aos dados, foi à análise de conteúdo. A investigação foi realizada entre junho de 2016 a fevereiro de 2017, tendo como critério de inclusão todos aqueles documentos que abordasse a relação existente entre AF no período climatérico. RESULTADOS: Verificamos que a AF regular provoca modificações fisiológicas positiva no climatério, elevando os níveis de HDL e diminuindo os níveis de TG, consequentemente reduzindo os riscos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Foram encontrados 08 documentos nas bases de dados consultadas que relatam sobre o efeito da AF nos níveis de HDL e TG em mulheres em qualquer período do climatério (pré-menopausa, perimenopausa e pós-menopausa). Os dados encontrados mostram que a quantidade de documentos que possuem esse tipo de informação é pequena, diante da prevalência da doença nesse público, encontram-se relatos das complicações do período climatérico sem pouco entrar nos benefícios da AF na prevenção e controle das alterações negativas ocorridas no organismo da mulher nesse período. CONCLUSÕES: Percebe-se que existe uma carência de políticas públicas em saúde da mulher nessa fase. Deve-se priorizar ações multidisciplinares voltadas a práticas corporais, reconhecendo a importância de preservar o bem-estar e a qualidade de vida desse grupo.

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