Saúde mental e atividades de aventura: Alternativas de tratamento

Parte de Boas Práticas na Educação Física Catarinense 2016 . páginas 38 - 50

Resumo

Este trabalho se caracteriza como um relato de experiência do Projeto intitulado “Atividades de Aventura”, que foi realizado pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) do município de Brusque, em parceria com a Fundação Ecológica e Zoobotânica de Brusque, durante o ano de 2015 com usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que realizavam tratamento de saúde mental. Os CAPS são instituições públicas que surgiram após o movimento da reforma psiquiátrica, no início da década de 1970. Somente em 2001 foi aprovada a Lei Federal nº 10.216/2001, a qual redirecionou o tratamento para pessoas acometidas por transtornos mentais assegurando-as direitos e proteção. Quem define e estabelece as diretrizes para o funcionamento dos CAPS é a Portaria/GM nº 336 do Ministério da Saúde, que prevê o atendimento com intuito de promover a atenção diária ao acolhimento de pacientes com transtornos mentais trabalhando aspectos psicossociais e estratégias para a melhora do quadro em seu território, com o apoio de amigos e familiares. Os CAPS são locais de referência para os casos severos e persistentes que necessitam do atendimento especializado em situações de crises emocionais, surtos psicóticos, dentre outras ocorrências. Proporcionam por meio do incentivo ao exercício da cidadania, o reconhecimento enquanto sujeito pertencente de direitos e protagonista de sua história, promovendo a transformação da realidade na qual está inserido e, conseqüentemente, contribuindo para a melhoria de sua qualidade de vida. Esses Centros possuem intervenções terapêuticas e medicamentosas, grupos, oficinas e atendimentos individualizados que buscam contemplar as necessidades na individualidade do usuário para que ele trabalhe suas demandas emocionais/psicológicas afim de que descubra e pratique os recursos existentes capazes de lhe ajudar a administrar melhor sua vida.