Saúde Mental no Atleta de Alto Rendimento: Revisão Integrativa
Por Alexandre Conttato Colagrai (Autor), Fernanda Tartalha do Nascimento (Autor), Paula Teixeira Fernandes (Autor).
Resumo
As pesquisas na área de saúde mental em atletas de alto rendimento são realizadas em menor escala em comparação com pesquisas sobre treinamento físico, habilidades técnicas e táticas, o que gera uma lacuna na área. O esporte de alto rendimento gera estresse de forma elevada, e este, quando somado a fatores de risco pré-existentes na pessoa como: genética, transtornos de personalidade, uso de drogas e álcool, abuso sexual na infância, funciona como combustível para a manifestação de transtornos mentais. Os transtornos mentais são caracterizados pela alteração da saúde da pessoa, podendo se manifestar de diversas formas, em especial, depressão e ansiedade (DSM-5, 2014, WHO, 2017). No esporte de alto rendimento, com relação ao transtorno depressivo, a prevalência chega a 15% em atletas alemães (Nixdorf et al., 2013), 68% em nadadores canadenses (Hammond et al., 2013), e 46,6% em atletas australianos de diversas modalidades (Gulliver et al., 2015). Transtornos de ansiedade também existem nesse nível de esporte, e na Austrália, 7,1% dos atletas preenchiam critérios para Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), e 4,5% para transtorno do pânico (Gulliver et al., 2015).