Resumo

As pesquisas na área de saúde mental em atletas de alto rendimento são realizadas em menor escala em comparação com pesquisas sobre treinamento físico, habilidades técnicas e táticas, o que gera uma lacuna na área. O esporte de alto rendimento gera estresse de forma elevada, e este, quando somado a fatores de risco pré-existentes na pessoa como: genética, transtornos de personalidade, uso de drogas e álcool, abuso sexual na infância, funciona como combustível para a manifestação de transtornos mentais. Os transtornos mentais são caracterizados pela alteração da saúde da pessoa, podendo se manifestar de diversas formas, em especial, depressão e ansiedade (DSM-5, 2014, WHO, 2017). No esporte de alto rendimento, com relação ao transtorno depressivo, a prevalência chega a 15% em atletas alemães (Nixdorf et al., 2013), 68% em nadadores canadenses (Hammond et al., 2013), e 46,6% em atletas australianos de diversas modalidades (Gulliver et al., 2015). Transtornos de ansiedade também existem nesse nível de esporte, e na Austrália, 7,1% dos atletas preenchiam critérios para Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), e 4,5% para transtorno do pânico (Gulliver et al., 2015). 

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