Sedentarismo em Adolescentes é Associado Ao Comprometimento da Modulação Cardiovascular Autonômica
Por Romilson Domingues Nascimento (Autor), Ariane Viana (Autor), Michelle Sartori (Autor), José Robertto Zaffalon Júnior (Autor), Danielle da Silva Dias (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 25, n 3, 2019.
Resumo
Introdução
A prática regular de exercícios físicos ou o estilo de vida mais ativo são importantes na prevenção de doenças cardiovasculares, reduzindo não somente a mortalidade cardiovascular, mas também favorecendo a redução dos fatores de risco relacionados com essas doenças.
Objetivo
Avaliar a associação entre inatividade física e variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em adolescentes.
Métodos
Este foi um estudo transversal do tipo Diagnóstico com Nível de Evidência II segundo a tabela de Oxford. Foram avaliados 129 adolescentes com idades entre 15 e 17 anos, divididos em quatro grupos: adolescentes insuficientemente ativos (IAM, n = 28) ou fisicamente ativos (FAM, n = 29) do sexo masculino e adolescentes, insuficientemente ativos (IAF, n = 42) ou fisicamente ativos do sexo feminino (FAF, n = 30). O nível de atividade física foi avaliado por meio do IPAQ. A VFC foi avaliada no domínio do tempo e da frequência.
Resultados
Nos adolescentes do sexo masculino e feminino, foram observados valores menores na variância do intervalo de pulso nos grupos insuficientemente ativos (5.089 ± 378 ms2 e 4.335 ± 276 ms2, respectivamente) quando comparados com os grupos fisicamente ativos (9.106 ± 606 ms2 e 6.182 ± 366 ms2, respectivamente). Além disso, os grupos insuficientemente ativos apresentaram maiores valores de balanço simpato-vagal cardíaco (0,81 ± 0,05 e 0,80 ± 0,05, respectivamente) comparados aos dos grupos fisicamente ativos (0,63 ± 0,05 e 0,55 ± 0,05, respectivamente).
Conclusão
A vida fisicamente ativa foi associada à melhor modulação cardiovascular autonômica em adolescentes. Nível de Evidência II; Estudos diagnósticos – Investigação de um exame para diagnóstico.