Sem Tempo Para Brincar: as Crianças, os Adultos e a Tirania dos Relógios
Por Roselaine Kuhn (Autor), António Camilo Cunha (Autor), Andrize Ramires Costa (Autor).
Em Kinesis v. 33, n 1, 2015. Da página 1 a 16
Resumo
Qual é o tempo destinado às brincadeiras das crianças na escola? Faz sentido ter “horacerta” para brincar? De um lado temos o tempo cronometrado, medido, regulado pelaopressão dos relógios dos adultos,concebido pela objetividade dos números, doscalendários, horários e rotinas, representante do mundo pensado (racionalizado). Deoutro, o tempo sentido e percebido pelas crianças, a subjetividade, a experiência e oacontecimento, representantes do mundo vivido (fenomenológico). Adiscussãodemarcaas consequências devastadoras no brincar das crianças quefrequentam escolas que aspiram ser produtivas através do culto à velocidade,desrespeitando as singularidades da corporeidade e da dimensão lúdica.