Resumo

Historicamente, as práticas corporais foram negligenciadas para a pessoa com deficiência justificada por paradigmas cartesiano e mecanicista de corpo. Apenas em meados do século XX que instituições e políticas públicas alertaram que àquelas deveriam ser para todos. Ainda que paulatinamente, a pessoa com deficiência passou a integrar o mundo esportivo, inclusive o de alto rendimento. Afoitos para dar voz (e ouvidos) a esses protagonistas, este artigo identifica, descreve e reflete sobre a experiência vivida por uma atleta com síndrome de down praticante do nado artístico. Por meio da pesquisa qualitativa fenomenológica, realizaram-se duas entrevistas cujas perguntas versaram sobre a experiência nas sessões de treino e eventos esportivos. Dois eixos foram salutares para a discussão: a. essência do esporte; b. eu-outro-mundo que alertaram sobre a efetiva identidade da nadadora com os preceitos filosóficos do esporte: transcendência, autossuperação e relação com os outros no fazer esportivo.

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