Ser-esportista: experiência vivida no nado artístico por uma atleta com síndrome de Down
Por Michele Viviene Carbinatto (Autor), Lionela da Silva Corrêa (Autor), Enoly Cristine Frazão da Silva (Autor).
Resumo
Historicamente, as práticas corporais foram negligenciadas para a pessoa com deficiência justificada por paradigmas cartesiano e mecanicista de corpo. Apenas em meados do século XX que instituições e políticas públicas alertaram que àquelas deveriam ser para todos. Ainda que paulatinamente, a pessoa com deficiência passou a integrar o mundo esportivo, inclusive o de alto rendimento. Afoitos para dar voz (e ouvidos) a esses protagonistas, este artigo identifica, descreve e reflete sobre a experiência vivida por uma atleta com síndrome de down praticante do nado artístico. Por meio da pesquisa qualitativa fenomenológica, realizaram-se duas entrevistas cujas perguntas versaram sobre a experiência nas sessões de treino e eventos esportivos. Dois eixos foram salutares para a discussão: a. essência do esporte; b. eu-outro-mundo que alertaram sobre a efetiva identidade da nadadora com os preceitos filosóficos do esporte: transcendência, autossuperação e relação com os outros no fazer esportivo.