Sete Semanas de Treinamento Melhoram a Resistência Aeróbia e a Potência Muscular de Jogadores de Futebol
Por Ricardo Stochi de Oliveira (Autor), Claudio Roberto Creato (Autor), Eduardo Henrique Frazilli Pascoal (Autor), Juliano Henrique Borges (Autor), Ricardo Silva (Autor), Dirceu Penteado (Autor), Guilherme Defante Telles (Autor), João Paulo Borin (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 20, n 4, 2012. Da página 77 a 83
Resumo
O futebol se caracteriza pela alternância de períodos de atividades de curta duração e alta intensidade intercalada por momentos de recuperação. Desta forma há uma exigência de desenvolvimento de diversas capacidades biomotoras ao longo de uma temporada. O objetivo desse estudo foi avaliar e discutir os efeitos de sete semanas de treinamento nas capacidades biomotoras. Participaram deste estudo 15 atletas profissionais de futebol com idade média de 25,3±3,8 anos, massa corporal de 76,6±7,5 Kg, estatura de 1,77±0,1 m e percentual de gordura de 11,7% que disputaram o Campeonato da terceira divisão nacional. Os conteúdos de treinamento foram divididos em funcional e neuromuscular. Todos os atletas foram submetidos a dois testes máximos: Yo-Yo Edurance Test Nível 1 e salto horizontal em dois momentos distintos (M1): início do programa de treinamento e (M2) após o término do período preparatório. Os dados coletados foram armazenados em banco computacional, produzindo-se informações no plano descritivo (medidas de centralidade e dispersão) e, no inferencial, após assumir a normalidade dos dados pelo teste de Shapiro-Wilk. Utilizou-se o teste t de Student pareado e Anova One-way. O principal resultado, quanto ao indicador funcional, apresentou melhora na distância percorrida no Yo-Yo Endurance Test Nível 1 de M1 (2376,0±202,4 m) para M2 (2581,3±173,1 m). O indicador neuromuscular apontou melhora no salto horizontal de M1 (2,44±0,1 m) para M2 (2,48±0,1 m). Assim, concluímos com os resultados encontrados que a metodologia utilizada no presente estudo foi considerada eficaz em causar alteração sobre o indicador funcional, bem como no neuromuscular durante o período estudado.