Síndrome do Impacto no Ombro em Atleta de Triatlo: Relato de Caso
Por Jamille Santos de Almeida Júlio César Rodrigues Antonio Celso Faria Bueno Elisabete da Silva Santos Bandeira Themis Moura Cardinot
Em Coleção Pesquisa em Educação Física v. 20, n 1, 2021.
Publicado em: 1 de Janeiro de 2000
Resumo
O triatlo é uma modalidade esportiva que combina provas de natação, ciclismo e corrida. A exigência por obtenção de altos níveis de rendimento atlético impõe aos triatletas de elite um grande volume de treinamento. A maior parte das lesões musculoesqueléticas de triatletas está associada ao overtraining. A corrida e o ciclismo são as modalidades responsáveis pela maioria das lesões no triatlo e apenas de 5% a 10% das lesões são atribuídas à natação, sendo o ombro a articulação mais afetada. O impacto da tuberosidade maior do úmero contra o acrômio causa lesão dos tecidos periarticulares, gerando um quadro de dor no ombro. Muitos estudos apontam o tipo acromial na patogênese da síndrome do impacto no ombro. O objetivo deste relato de caso foi avaliar o tipo acromial de um triatleta e investigar uma possível correlação com o seu quadro álgico do ombro. A casuística foi composta por um triatleta do sexo masculino, brasileiro, 27 anos e com 10 anos de vida esportiva. O triatleta apresentava queixa de dor na articulação do ombro esquerdo. O voluntário foi submetido à avaliação radiográfica bilateral do ombro. Para visualizar o formato do acrômio, a incidência radiográfica utilizada foi a perfil de escápula. O tipo acromial foi classificado por três observadores de acordo com o método de Bigliani refinado por Epstein. Foi encontrado para o ombro direito tipo acromial II e para o esquerdo, tipo acromial III. O sintoma pode estar relacionado ao tipo acromial encontrado e a um possível diagnóstico de síndrome do impacto.