Síndrome do Impacto no Nadador
Por Jomar Brito Souza (Autor), Claudia Carvalho da Rocha (Autor), Marília Vares Moreira (Autor), Patrícia Futuro (Autor), Tanise S. Dias (Autor), Mauro Quadros (Autor), Luiz Antônio Peroni (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 5, n 6, 1999. Da página 221 a 224
Resumo
O objetivo dos autores foi comparar dados colhidos através de anamnese/exame físico em nadadores de competição e recreacionais de Porto Alegre, verificando assim se existe relação entre a prática competitiva da natação, dor no ombro e lesão do manguito rotador. Foram avaliados 56 nadadores divididos em dois grupos: grupo I (G1), competidores (n = 32) com idade média de 16,9 ± 2,92 anos, nadando em média 4,56km/dia, 5 a 6 vezes/semana; grupo II (G2), recreacionais (n = 24) com média de idade de 27,25 ± 6,4 anos, nadando em média 1,38km/dia, 2 a 3 vezes/semana. A análise estatística foi feita através do teste do qui-quadrado. No G1, 62% dos nadadores referiram dor em pelo menos um ombro e no G2, 12,5%. No G1, dos 64 ombros avaliados, 34 (53,12%) apresentavam pelo menos um sinal/sintoma significativo. No G2, dos 48 ombros avaliados, 14 (29,17%) apresentavam pelo menos um sinal/sintoma significativo. O teste do qui-quadrado foi aplicado com a = 5% e gl = 1, mostrando que existe relação entre o tipo de natação (competitiva ou recreativa) e presença de sinais/sintomas significantes e relação entre natação competitiva e dor em pelo menos um ombro.