Resumo

O objetivo deste estudo foi descrever os sintomas de distúrbios osteomusculares (SDO) em motoristas e cobradores de ônibus e investigar sua associação com jornada de trabalho, estado nutricional e nível de atividade física. Estudo transversal realizado com 40 motoristas e 39 cobradores de ônibus de viagens intermunicipais. Os SDO foram verificados, utilizando-se o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. A jornada de trabalho foi categorizada a partir dos valores da mediana (< 8 horas e ≥ 8 horas). O índice de massa corporal (IMC) foi usado para verificar o estado nutricional. O nível de atividade física foi avaliado, usando-se o Questionário Internacional de Atividade Física (versão curta). As associações foram verifi cadas por teste qui-quadrado. A freqüência de dor em alguma região do corpo (últimos 12 meses) foi de 70,0% e 76,9% para motoristas e cobradores respectivamente; 30,0% dos motoristas e 33,3% dos cobradores referiram dor nos últimos 7 dias; 26,6% e 33,3% dos motoristas e cobradores, respectivamente, tiveram que evitar o trabalho devido às dores. As maiores prevalências (últimos 12 meses) foram observadas nas seguintes regiões anatômicas: ombros (32,5%), para motoristas e; lombar (48,7%), para cobradores. Houve diferença significativa (p = 0,029) entre motoristas e cobradores quanto ao relato de dor na região “lombar”. A prevalência de sobrepeso foi maior nos motoristas (72,0%) do que nos cobradores (33,3%), as diferenças foram signifi cativas (p = 0,000). Conclusão – Os SDO foram prevalentes entre os motoristas e cobradores e estes sintomas não mostraram associação com a jornada de trabalho, o estado nutricional e o nível de atividade física.


 

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