Sirt1, adiponectina e leptina em atletas master corredores e indivíduos de meiaidade não treinados
Por Larissa Alves Maciel (Autor), Patrício Lopes de Araújo Leite (Autor), Samuel da Silva Aguiar (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
: Estudos têm demonstrado que atletas máster de meia idade apresentam atenuação do envelhecimento biológico, haja vista sua melhor composição corporal, melhor balanço redox e maior comprimento telomérico quando comparados a seus pares não atletas. Por outro lado, o sedentarismo resulta em um envelhecimento mais acelerado e elevada adiposidade corporal, afetando as concentrações plasmáticas de adiponectina, leptina e de sirtuína 1 (SIRT1 - uma desacetilase considerada um importante marcador de senescência celular). Embora a adiponectina e SIRT1 estejam diminuídas, e a leptinemia aumentada em pessoas de meia idade sedentárias, o exercício físico realizado ao longo da vida, como o realizado pelos atletas máster, poderia reduzir a corporal e a leptinemia dos mesmos, e atenuar a queda nos níveis circulantes de SIRT1 e adiponectina. OBJETIVO: Comparar e investigar as possíveis associações entre os níveis séricos da adiponectina, leptina e SIRT1 em atletas máster corredores e seus pares não treinados. MÉTODOS: A amostra (n = 87) foi composta por atletas máster (AM: n = 62; idade 50,31 ± 7,23 anos) e o grupo controle meia-idade (CM: n = 25; 45,32 ± 6,49 anos). Os níveis de adiponectina, leptina e SIRT1 plasmáticos foram avaliados utilizando kits comerciais. A normalidade dos dados foi testada utilizandose do teste de Shapiro-Wilk e as comparações entre os grupos foram realizadas a partir do teste U de MannWhitney e as correlações pelo coeficiente de correlação de Spearman, sendo adotado um nível de significância p ≤ 0,05. RESULTADOS: Atletas máster apresentaram maiores níveis circulantes de adiponectina (14,13 ± 4,68 vs. 8,55 ± 5,13 ng/mL); p<0,0001) e SIRT1 (17,99 ± 4,35 vs. 6,36 ± 2,29 ng/mL-1 ); p<0,0001), e menor concentração de leptina (8,16 ± 2,14 vs. 13,04 ± 5,34 µg/mL; p<0,0013) quando comparados ao grupo controle meia idade não treinado. Além disso, foi encontrada uma correlação positiva entre SIRT1 e adiponectina (r=0,511; p<0,0001) e uma correlação negativa entre SIRT1 e leptina (r=-0,459; p<0,0001). CONCLUSÃO: Atletas máster apresentam maiores níveis de adiponectina e SIRT1 e menor leptinemia quando comparados aos seus pares não atletas, estando a SIRT1 relacionada à maiores níveis de adiponectina e menor leptinemia. Esses achados sugerem que a atenuação do envelhecimento biológico induzida pelo exercício crônico, preservando funções metabólicas e a composição corporal de indivíduos de meia idade, possa ser mediada pala SIRT1.