Situação do Estágio Supervisionado em Universidades Privadas da Grande São Paulo.
Por Sheila Aparecida Pereira dos Santos Silva (Autor), Cesar Augusto Fernandes de Souza (Autor), Felipe Marques Checa (Autor).
Resumo
Com o objetivo de diagnosticar a dinâmica da supervisão dos estágios em cursos de Graduação e Licenciatura em Educação Física após a publicação das Resoluções CNE/CP nº 01 e 02/2002, nº 07/2004 e nº 02/2007 e verificar sua aplicação, foram entrevistados sete docentes universitários, que orientam estágios curriculares em seis Instituições de Ensino Superior (IES) privadas da Grande São Paulo. A entrevista, semi-estruturada, contou com sete questões abertas abrangendo a dinâmica dos estágios, carga horária, número de orientadores por aluno orientado, entre outros aspectos. Para o tratamento dos dados, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo. Em todas as instituições pesquisadas o estágio é exigido a partir da metade do curso; existiam projetos de pesquisa e extensão que eram validados como horas/estágio e contemplavam uma disciplina destinada aos estágios, à exceção de uma delas. As horas de estágio a cumprir variaram entre 324 a 540 horas. Existiam diferenças significativas em relação ao número de orientandos por orientador, variando de 5 a 200 alunos por orientador. Em apenas uma IES ocorriam discussões sobre os relatórios apresentados. Percebeu-se a inexistência de uniformidade entre as instituições pesquisadas e, em algumas, a ausência de discussões a respeito dos estágios evidencia que as IES pouco se comprometem com a qualidade dessa experiência no processo de formação profissional e que, talvez, normas legais mais específicas sobre número máximo de alunos orientados por orientador pudessem colaborar para que esse problema fosse minimizado.