Skateboarding na graduação em educação física: possibilidade de formação para além do esporte
Por Olívia Cristina Ferreira Ribeiro (Autor), Mariana Simões Pimentel Gomes (Autor).
Em IV Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte - CIPE
Resumo
Este relato de experiência aborda a inserção do Skateboarding como disciplina no curso de graduação da Faculdade de Educação Física da UNICAMP (FEF-UNICAMP), de modo que sua abordagem tenta transcender sua concepção enquanto esporte, desconstruir preconceitos e possibilitar uma formação ampla e crítica, “para” e “pelo” Skateboarding. Objetivo: Ensinar o Skateboarding como fenômeno sociocultural, por meio da Pedagogia do Esporte e metodologias ativas de ensino-aprendizagem, valorizando sua pluralidade. Desenvolvimento: Ofertada em 2024, a disciplina contou com o apoio da Associação Esportiva Cultural Pentágono de Sumaré-SP, teve 15 aulas e contou com a participação de 20 discentes e três docentes (um especialista no tema). Abordou-se a história e desenvolvimento do Skateboarding, suas vertentes (Paraskate, Downhill etc.), fundamentos e temas correlatos (lazer, gênero, gestão e atuação profissional). Das quinze aulas, doze foram teórico-práticas (duas realizadas em ambientes externos), uma foi teórica e duas foram destinadas à avaliação. As aulas teóricas e práticas utilizaram metodologias ativas de ensino-aprendizagem e diversos recursos didático-pedagógicos, o que possibilitou o protagonismo das (os) estudantes na construção do conhecimento e estimulou a cooperação, o respeito, a solidariedade e o senso crítico. Dado o risco inerente ao Skateboarding, privilegiou-se atividades em duplas ou grupos, partindo do simples para o complexo, respeitando os limites individuais. A avaliação consistiu na elaboração e apresentação de um “vídeo-cast”/entrevista com personalidades do Skateboarding ou personagens fictícias acerca dos temas estudados. Sugestões: Skateboarding pode proporcionar uma formação significativa para graduandas (os) em Educação Física, desde que contemple sua pluralidade de modo teórico, prático, crítico e que possibilite que as (os) estudantes sejam o centro do processo de ensino, vivência e aprendizagem. A participação de especialistas, o uso de ferramentas digitais e o apoio de instituições voltadas ao Skateboarding, podem facilitar a sua inserção no ensino superior, visto que recursos materiais específicos e humanos especializados para o seu oferecimento enquanto disciplina em faculdades ainda é incomum