Resumo

O lazer é discutido de forma abrangente e possui diferentes interpretações, atendendo a diferentes interesses sociais. No senso comum, pensamos que o lazer atende apenas as necessidades de recreação, de diversão, do tempo de “não fazer nada”, mas por trás desses elementos ele também desempenha um papel educador e socialização e, nesse ínterim, nosso estudo aponta para uma compreensão de lazer que se articula com os princípios da educação e socializar em sentido amplo, para além da organização formal, vivenciada no contexto das diferentes organizações sociais e de suas manifestações culturais. Partindo deste viés realizamos, no contexto das práticas corporais de aventura, uma pesquisa sobre o slackline que, em sentido estrito, quer dizer “linha frouxa”, e seus praticantes. Dessa forma, temos como objetivo discutir o slackline no âmbito das práticas corporais de aventura e suas implicações no processo de socialização, tendo-se como eixo norteador o relato de experiência de praticantes da cidade de Natal. Para tanto, realizamos ao longo do estudo um questionário, com perguntas abertas e fechadas, com quatro praticantes do slackline, sendo duas pessoas do sexo feminino e dois do sexo masculino. Procuramos através de uma pesquisa qualitativa descritiva compreender os elementos, segundo as expectativas dos praticantes estudados e a partir daí explanamos os acontecimentos estudados, no caso, as implicações da prática do slackline no processo de socialização. O resultado do nosso trabalho de acordo com a pesquisa realizada, nos leva a ressaltar que esta prática constitui uma possibilidade de socialização, lazer e educação entre os praticantes. Nela, há uma interação entre os participantes, que compartilham suas experiências e conhecimentos, constituindo um tempo e espaço de interação, espaço democrático, onde todos ocupam seus lugares e realizam suas manobras com liberdade e sem discriminação, estabelecendo uma sociabilidade a partir de laços de amizades.

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