Sobre a Adoção e Circulação de Manuais de Ginástica no Brasil
Por Diogo Rodrigues Puchta (Autor).
Em XIV Congresso de História do Esporte, do Lazer e da Educação Física - CHELEF
Resumo
No século XIX é notória uma maior preocupação com a educação física de homens e mulheres, adultos e idosos, mas, principalmente, de crianças e jovens, ou seja, das novas gerações. Entre as iniciativas relacionadas aos cuidados com o corpo e sua educação destacam-se a crescente publicação de livros sobre a prática e o ensino da ginástica, bem como sua inserção no currículo do ensino público primário ofertado tanto no Brasil, quanto em outros países da América Latina, na esteira do que já vinha acontecendo na Europa e América do Norte1 . Diante dessa crescente publicação de manuais de ginástica, quais foram os títulos que circularam em nosso país? É sobre a adoção e a circulação desses manuais em parte do território brasileiro nas últimas décadas do século XIX e anos iniciais do século XX que o presente trabalho irá tratar. Tem-se como objetivo identificar quais manuais de ginástica foram adotados nas escolas públicas primárias e que circularam no Brasil, mais especificamente em quatro Estados da federação, a saber: São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro, neste último notadamente na cidade do Rio de Janeiro, então município da Corte e Capital Federal. Como referencial teórico metodológico encontram-se estudos relacionados à história do livro didático, como os desenvolvidos por CHOPPIN (2000 e 2004) e BITTENCOURT (2008). No que diz respeito ao corpus documental, além dos manuais de ginástica, encontram-se fontes como a legislação do ensino, relatórios da instrução pública, ofícios, requerimentos, notas de compra e venda, e inventários escolares.