Resumo

O Brasil, colônia portuguesa na América, por mais de três séculos, de 1500 até a chegada da família imperial em 1808, foi proibido de produzir qualquer tipo de impresso. Pela censura permanente e ausência de liberdade de expressão não havia tipografias, nem meios para produção de livros, jornais ou revistas.

Paradoxalmente, a chegada dos europeus ao novo continente acontece em pleno Renascimento. Na segunda metade do século 15, Guttemberg em 1459, imprime a primeira Bíblia, publicação pioneira em molde industrial, encerrando o período artesanal monástico de manuscritos, papiros e iluminuras. A conjunção de papel vegetal, tintas químicas e produção de tipos gráficos, inicialmente em madeira seguidos de metal, possibilitaram o surgimento de impressoras, prelos, gráficas, tipografias como gênese da matriz no futuro definida por Herbert McLuhan como “Galáxia de Guttemberg”. No século seguinte, em 1583, pela larga capacidade de crescimento e reprodução, surgia a primeira produção industrial e meios para viabilizar a mudança da sociedade ágrafa para a sociedade da literação fenômeno assim denominada pelo filólogo brasileiro Antônio Houaiss.
 

Acessar Arquivo