Resumo

À semelhança do que acontece em outros países, em Portugal, o futebol é incontestavelmente a modalidade desportiva com maior número de adeptos. A paixão pelo futebol justifica a ocorrência de megaeventos desportivos, como o Campeonato Mundial de Futebol e o Campeonato Europeu de Futebol. O acentuado crescimento das receitas oriundas das Ligas Europeias ocorrido nos últimos anos fundamenta a elevação da área financeira no seio dos aspetos peculiarmente importantes da gestão do desporto. Todavia, a existência de graves problemas financeiros no futebol europeu tem sido realçada na literatura. Nesta sequência, o presente trabalho tem por objetivo analisar os efeitos sobre o equilíbrio financeiro causados pela evolução da política de financiamento do Sporting SAD ao longo das últimas 8 épocas desportivas (2007/08-2014/15). O método de pesquisa adotado é o estudo de caso e as fontes utilizadas foram os mapas económico-financeiros publicados nos Relatórios e Contas do Sporting SAD (2007/8 a 2014/15). O recurso ao método dos indicadores e rácios tem a grande vantagem de possibilitar comparações no tempo, sendo especialmente apropriado para examinar o progresso da estrutura das aplicações e das fontes de financiamento, bem como o equilíbrio entre a celeridade de liquidez das primeiras e o grau de exigibilidade das segundas. Para este trabalho foram utilizados rácios financeiros, económicos e económico-financeiros, num total de 7. O tratamento de dados foi feito com recurso ao programa de software Microsoft Excel 2010. Os resultados ilustram que os efeitos de desequilíbrio financeiro advindos da política de financiamento do Sporting SAD, de 2007/08 a 2014/15, são evidentes, perpetuando-se a situação económico-financeira vivida pela organização na primeira década de existência (1996/97 a 2006/07). Face à situação analisada, urge uma recuperação da independência financeira, um alívio da pressão sobre a tesouraria e a obtenção de lucros.

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