Sobre os Profissionais da Aventura: Problemas da Atuação na Interface Esporte e Turismo
Por Marília Martins Bandeira (Autor), Olívia Cristina Ferreira Ribeiro (Autor).
Em Licere v. 18, n 3, 2015. Da página 116 a 157
Resumo
O objetivo deste trabalho foi descrever e analisar criticamente, a partir do município de Brotas, São Paulo, autointitulado capital brasileira da aventura, as condições de trabalho dos, autodenominados, profissionais da aventura. Como metodologia, este artigo apresenta o cruzamento de dados de duas pesquisas: uma etnografia sobre as rotinas da aventura e uma triangulação de análise documental, observação participante e entrevistas com gestores desse município. Encontramos que apesar de haver uma disputa política entre entidades do turismo e do esporte, a realidade de seus profissionais borra as fronteiras desses campos. Concluímos que pensar a aventura como campo híbrido em uma acepção mais geral de lazer pode auxiliar em posturas mais colaborativas para a resolução dos problemas da formação e da atuação profissionais, tais como: informalidade, sazonalidade, baixa remuneração e periculosidade.