Resumo

A conquista do tricampeonato mundial em 1970 constituiu um marco na memória do esporte nacional. O sucesso do selecionado nos gramados mexicanos mobilizou a população e ecoou nas páginas de diversos veículos de comunicação impressa. Enquanto isso, no meio político-social, o país experimentava o início do governo Médici, no qual verificava as controvérsias da ditadura militar implantada em 1964, com a paralela intensificação do aparato repressor e dos mecanismos de propaganda estatal, ao lado do desenvolvimento perpetrado por aquilo que se convencionaria chamar de milagre econômico. A partir desse panorama singular e tomando o futebol como elemento de particular apreço cultural no Brasil, o presente artigo se debruça sobre as relações entre futebol e política com base nas leituras veiculadas sobre a Copa do Mundo em três publicações: as revistas de diversidades O Cruzeiro e Manchete e o semanário alternativo O Pasquim.

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