Resumo

O excesso de peso está associado a inúmeros fatores, dentre eles, o nível socioeconômico das famílias. Assim, este trabalho objetivou avaliar a relação entre os níveis de sobrepeso e obesidade e a classe econômica de crianças de 6,0 a 7,9 anos, do município de Maringá/PR. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi utilizado para diagnóstico do estado nutricional. Para a classificação econômica familiar, foi empregada proposta da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), sendo que as classes originais foram reagrupadas em níveis econômicos alto (classes A1, A2, B1), médio (classes B2, C1 e C2) e baixo (classes D e E). O tratamento estatístico foi realizado utilizando pacote computadorizado SPSS 13.0 e testes não-paramétricos e Odds Ratio (OR) com intervalo de confiança (IC) de 95%. Foram avaliadas 1634 crianças de 24 escolas públicas e privadas, com idade média de 7,1±0,51 anos, sendo 50,8% do sexo feminino. Não foram observadas diferenças significativas entre os gêneros, para os valores de IMC, das crianças com sobrepeso e obesidade. A prevalência de excesso de peso (sobrepeso+obesidade) foi de 22,3% entre os meninos e de 21,9% entre as meninas. Não houve associação estatística entre o excesso de peso e o gênero. Por outro lado, crianças do nível econômico A apresentaram 28% mais chance de apresentar excesso de peso que aquelas do nível B. Concluindo, neste estudo, ambos os gêneros foram igualmente afetados pelo excesso de peso, com maior prevalência entre os meninos, e as crianças pertencentes a famílias de níveis econômicos inferiores apresentaram menor chance de apresentarem excesso de peso.

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