Resumo

O futebol atua como forte construtor identitário nas masculinidades hegemônicas. Sendo o esporte mais popular do mundo e, também, o de maior facilidade de propagação na formação de meninos nas primeiras infâ ncias, é uma referência na sociabilidade. Isso significa que gostar de futebol, é elemento definidor na construção do ser masculino. No entremeio dessas definições se encaixa a violência habitual aos homens e a naturalização dessa violência no ambiente esportivo e no local de espectador, mas, para além dela, também o ódio ao que não se encontra com essas expectativas da masculinidade tradicional. A problemática da questão se encontra justamente na lógica da popularidade do esporte, uma vez que a dominação masculina do local e da temática é predominante, a tal ponto que se consideram detentores do ambiente e do esporte. O que se pretende nesse presente trabalho é analisar as tentativas de rompimento com essa narrativa machocrata (Gomes, 2019) através de ações do Clube de Regatas Vasco da Gama nos anos de 2021 e 2022 durante o mês do Orgulho LGBTQIA+ e do ato de Germán Cano ao levantar a bandeira do arco-íris durante a comemoração de um gol.

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