Resumo

Introdução: O metabolismo é responsável pela produção de energia. A fonte energética é determinada a partir das necessidades do individuo e disponibilidade de nutrientes. Após um período de jejum os estoques de glicogênio podem não mais ser a principal fonte de energia, devendo isso ser considerado na prescrição dietética. Este trabalho teve como objetivo investigar a oxidação de macronutrientes em atletas pós-jejum. Metodologia: Foram selecionados 34 jovens atletas de futebol, pertencentes às categorias sub-15 e sub-17, do mesmo time, durante a disputa do campeonato estadual. Os atletas realizaram o exame de calorimetria indireta, respeitando a orientação para jejum de 8 horas, não realizando atividades físicas no dia anterior e nem na manhã do exame, tendo o exame, duração de 30 minutos. A partir dos resultados, foram desprezados os 5 primeiros minutos, período de maior variação devido a adaptação do atleta. Do tempo restante, foi feita a média de VO2 mg/ml/Kg/min e VCO2 mg/ml/Kg/min. As médias foram utilizadas para a equação de fryen (1983), para determinação da taxa de oxidação de carboidratos e lipídeos. Resultados: Os atletas em sua maioria apresentaram o predomínio do metabolismo de carboidratos em detrimento do metabolismo lipídico. Demonstrando que apesar da depleção de glicogênio ocorrida durante o jejum, esse ainda era a principal fonte para os atletas. Do total de atletas, cinco demonstraram predomínio do metabolismo de lipídeos em detrimento dos carboidratos, indicando que nesses atletas os estoques de glicogênio não foram capazes de suportar o jejum. Um atleta apresentou metabolismo lipídico negativo (-0,31), sugerindo que seus estoques de gordura encontram-se depletados, o que pode representar necessidade de síntese de lipídeos. Conclusão: Podemos verificar que os atletas em sua maioria mantém o metabolismo de carboidratos como principal no momento do exame.

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