Resumo
A obesidade é considerada como um grande problema de saúde publica, tendo de forma geral, como principal causa o excesso alimentar juntamente com uma diminuição dos gastos calóricos. Promovendo o surgimento de diversas doenças como o Diabetes tipo 2. Sabe-se que o excesso de peso é fator determinante nos níveis absolutos de captação máxima de oxigênio (VO2máx.), e o exercício físico é uma importante ferramenta para tratamento e prevenção deste quadro. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar se a programação metabólica para a obesidade por meio de processo de ninhada reduzida, pode comprometer os níveis absolutos de VO2máx. de ratos submetidos a diferentes programas de treinamento físico ao longo da vida. Metodologia: Ratas Wistar prenhas foram alocadas separadamente em caixas individuais. Após o nascimento as ninhadas foram ajustadas para 9 filhotes (Ninhada Normal ? NN). Para o processo de Ninhada Reduzida (NR), no 3º dia após o nascimento, a ninhada foi reduzida para 3 filhotes por lactante, para indução da super alimentação. Aos 21 dias as ninhadas foram padronizadas em 3 animais por caixa e divididas da seguinte forma: NN sedentária (NN SED), NN exercitado Negrão (NN NE) e NN exercitado Novo protocolo (NN NP) e NR sedentária (NR SED), NR exercitado Negrão (NR NE) e NR exercitado Novo protocolo (NR NP). Somente animais machos foram utilizados. Entre os 21 e 90 dias de vida os animais foram submetidos aos seus respectivos protocolos de treinamento em esteira (intensidade moderada). Aos 30, 45, 60, 75 e 90 dias de vida, todos os animais inclusive os sedentários foram submetidos a um teste de esforço máximo para determinação do VO2máx.. Aos 90 dias de vida, após o ultimo teste de esforço, os animais foram mantidos em jejum por um período de 12 horas, para realização do teste intravenoso de tolerância a glicose (ivGTT). Logo após, os animais foram sacrificados com dose letal de anestésico e a gordura retroperitonial foi retirada. Resultados: Os animais exercitados apresentaram redução do peso corporal quando comparados com seus congêneres sedentários. Similarmente glicemia e a gordura retroperitonial também foram reduzidas. Com relação ao VO2máx. os animais NR exercitados independentemente do protocolo de treinamento não apresentaram ganhos no VO2máx. Similarmente ao animais controle. Da mesma forma a carga de trabalho final (CTf.) também ficou comprometida. Conclusão: Os protocolos de exercício não foram hábeis em produzir ganhos similares aos de animais controles na captação máxima de oxigênio em animais programados metabolicamente para a obesidade. Uma possível explicação pode ser relacionada com o excesso de peso, e hipotetiza-se que animais NR podem apresentar menores quantidades de proteínas chaves responsáveis pelo transporte de glicose durante o exercício.