Resumo

Foi recentemente relatado que a creatina, em sistema de células isoladas, apresenta propriedades antioxidantes contra vários agentes oxidativos. Por sua vez, em concentrações fisiológicas, espécies reativas de oxigênio têm papel importante no aumento da captação muscular de glicose que ocorre durante o exercício e a creatina parece estimular a captação deste açúcar pelo músculo esquelético em resposta ao treinamento físico. Os efeitos metabólicos da suplementação com creatina têm sido frequentemente relatados em certos tipos de esforço, como exercícios intermitentes, de alta intensidade, curta duração e com períodos de recuperação muito curtos. Pouco se conhece a respeito dos efeitos da mesma sobre o desempenho físico em exercícios caráter aeróbio. Assim torna-se interessante avaliar o impacto da creatina sobre a modulação do estado redox no treinamento de caráter aeróbio e possíveis implicações para o metabolismo glicídico muscular e o condicionamento aeróbio. Dessa forma, o presente estudo foi delineado, principalmente, para avaliar o condicionamento aeróbio (Máxima Fase Estável de Lactato- MFEL), biomarcadores de peroxidação lipídica (substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico- TBARs) e concentrações de peroxido de hidrogênio - H2O2, assim como indicadores da defesa antioxidante (atividade das enzimas superóxido dismustase- SOD, glutationa peroxidase- GSH-GPx catalase- CAT, glutationa reduzida – GSH e oxidada – GSSG) além de aspectos do metabolismo glicídico (captação e oxidação de glicose, síntese de glicogênio e produção de lactato) no músculo esquelético de ratos submetidos ao treinamento físico de caráter aeróbio e suplementados ou não com creatina.

Acessar Arquivo