Surf: da Contracultura Ao Esporte Olímpico
Por Bruno Henrique Santos (Autor), Alan Pimpão (Autor), Leonardo Urbano (Autor), Rafael Stefainski (Autor).
Em XV Congresso de História do Esporte, Lazer e Educação Física - CHELEF
Resumo
Em meados dos anos 40, durante a segunda guerra mundial, ocorreram os primeiros relatos de surf no Brasil, no Rio de Janeiro, praticado por militares americanos alojados que traziam aparatos náuticos, entre eles, suas pranchas de surf. Inspirados nos americanos, começam a surgir os primeiros praticantes do desporto na praia de Copacabana. Mas teve seu “pico” de prática da época em meados dos anos 60, com a chegada de pranchas de fibra de vidro vindas da Califórnia. O Objetivo desse resumo, consiste em apresentar como ocorreu a esportivização do surf no Brasil, mostrando a migração de um esporte antes marginalizado, para uma modalidade olímpica. E a influência dos Estados Unidos e do dinheiro na existência e prática do esporte. Surf nunca foi uma modalidade de baixo custo, seus equipamentos custavam e ainda custam alto pelo fato da importação da matéria prima de melhor qualidade, o que faz restringir sua prática a determinadas classes sociais. Algumas marcas enxergaram no esporte, uma oportunidade no mercado que estava em crescimento contínuo, sendo atualmente, a moda Surf, a indústria têxtil que mais fatura no mundo. A prática de atividades radicais, associa-se a comportamentos tidos como característicos da sua “comunidade praticante”, nos anos 60 e 70, o Brasil passava por um momento de tensão devido a ditadura militar, a prática do surf nesta época era vista como uma forma de ir “Contracultura”, onde estava muito relacionado a bebidas, drogas e até violência, onde há relatos que surfistas de fora não podiam frequentar algumas praias caso não fossem moradores da região, sendo assim, relatados os primeiros casos de “Localismo” na sua história. Em 1965, foi criada a “Associação de Surf do Estado do Rio de Janeiro”. Vindo a ser esta, a pioneira do país. No mesmo ano também ocorreu a primeira competição oficial. Assim, observa-se que alguns pontos como individualização do esporte, marcas e mercado em constante crescimento, a “comunidade surfista”, a criação da primeira federação e campeonatos, foram de extrema importância nesse processo de esportivização e profissionalização do mesmo. Sendo hoje o Brasil um dos primeiros no ranking mundial e uma grande potência.