Resumo

Você já ouviu falar que as práticas corporais e atividades físicas promovem muitos benefícios, não é?

Esses benefícios vão desde a promoção da saúde, bem-estar e prevenção de diversas doenças, dentre as quais estão as mais comuns na população brasileira. Assim como oportunizam a socialização, convivência, formação de vínculos, dentre outros. Contribuindo, portanto, para que as pessoas tenham mais vida. 

Logo, o movimento como forma de cuidado em saúde é um direito da população brasileira.

No entanto, no Brasil, ter acesso a um programa de atividade física ou ter a possibilidade de incorporar o movimento como uma forma de cuidado ainda é um desafio devido a iniquidades sociais que criam barreiras.

Tais iniquidades refletem no expressivo quantitativo de pessoas que não as realiza, com apenas 33% dos adultos sendo suficientemente ativos no lazer. Em crianças, adolescentes, mulheres, negros e idosos, esse número é ainda mais preocupante. 

Isso significa que, pela não observação ao direito citado, as pessoas podem ter mais barreiras para ocupar as cidades, desfrutar de momentos em grupos, criando e fortalecendo laços de amizade, e prevenir o adoecimento.

Além dos benefícios diretos à saúde, há altos custos para o SUS. Em 2017, pesquisadores estimaram que mais de R$ 480 milhões (valores convertidos) de gastos com doenças crônicas no SUS foram atribuídos à atividade física insuficiente no lazer.

Investir nessas ações representa, portanto, uma economia que permitiria que recursos públicos fossem destinados a outros fins, contribuindo para a prevenção e tratamento de doenças, ou até mesmo no desenvolvimento de cidades mais saudáveis e sustentáveis.

Apesar de já existirem importantes programas de promoção das práticas corporais e atividades físicas no SUS, que contam com Profissionais de Educação Física, a inexistência de uma política nacional específica pode comprometer a sustentabilidade de tais ações, dificultar a criação de novas iniciativas, além de não garantir com que sejam adotadas de forma igualitária em todo o território brasileiro. 

Uma política específica também contribuirá para que os demais profissionais de saúde do SUS apoiem a inclusão dessas ações no cotidiano das pessoas, por meio do aconselhamento, por exemplo.

Assim, a criação de uma política específica que valorize o movimento como forma de cuidado no SUS tem grande potencial de integrar esforços e dar oportunidade para que todas as pessoas possam fazer do movimento uma forma de transformação da vida e da sociedade, a partir da sua realidade concreta. 

Por isso te convidamos a apoiar a criação de uma política específica no SUS, com o objetivo de fortalecer as inciativas existentes, com mais recursos, mais profissionais de saúde, entre outros, para que o acesso à atividade física seja ampliado de forma sustentável.

O pleito pela criação de uma política específica no SUS conta com apoio do Conselho Nacional de Saúde e de parlamentares que compreendem a importância das práticas corporais e atividades físicas para o bem-estar e saúde da população brasileira.
 

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