Tabagismo em Pacientes Diabéticos: Predisposição às Doenças Crônico-degenerativas e Neoplasia
Por Palloma Almeida Soares Hocayen (Autor), Carlos Ricardo Maneck Malfatti (Autor).
Em Cinergis v. 11, n 2, 2010. Da página 19 a 25
Resumo
O Brasil representa um dos países com o maior consumo de tabaco e um dos maiores índices de mortalidade associados ao tabagismo, em torno de 200 mil/ano. Estudos atuais mostram a existência de mais de 1 bilhão de tabagistas em todo o mundo e em torno de 3 milhões de óbitos devido a este hábito. Existe um crescente conjunto de evidências sugerindo que o tabagismo é fator de risco para Diabetes e câncer, relacionados a fatores como: obesidade, sedentarismo e etilismo. O Diabetes aumenta significativamente a incidência de câncer de fígado, pâncreas e endométrio além do aumento do risco de desenvolvimento de câncer de cólon e reto, mama e bexiga. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão da literatura sobre as complicações associadas ao hábito tabagista em pacientes diabéticos. A pesquisa foi desenvolvida a partir de bases de dados do Scielo, Science Direct, PubMed e Medline. Os artigos foram selecionados de acordo com as palavras-chave: Tabagismo, Diabetes, Tabagismo e Diabéticos com estudos enfatizando a problemática causada nos pacientes diabéticos que possuem o hábito tabagista. A literatura mostrou que existem vários males que são acentuados e/ou causados pelo hábito tabagista em pacientes diabéticos. Destaca-se que uma das principais maneiras de atenuar os problemas acentuados em diabéticos pelo tabagismo seria a cessação do mesmo a partir de medidas farmacológicas, prevenção, campanhas anti-tabagismo, juntamente com hábitos saudáveis de vida, incluindo principalmente a prática de exercícios, visando uma mudança de estilo de vida para uma melhor saúde e qualidade de vida destes pacientes.