Resumo

A inclusão educacional se preocupa com a aprendizagem de todos os alunos que enfrentam barreiras para participar efetivamente da vida escolar. Na perspectiva da educação inclusiva o aluno que apresenta alguma deficiência deve ser atendido preferencialmente no ensino comum e a educação especial oferece o atendimento educacional especializado para complementar suas necessidades educacionais. Neste contexto revela-se o objetivo da pesquisa: Analisar se os recursos de Tecnologia Assistiva disponíveis nas salas de recursos multifuncionais atendem a demanda funcional dos alunos com deficiência física, segundo a visão dos professores do Atendimento Educacional Especializado. Participaram do estudo os professores responsáveis pelas salas de recursos multifuncionais que atendem alunos com deficiência física. Para coleta dos dados da pesquisa foram utilizados os instrumentos School Function Assessment, questionário de Tecnologia Assistiva para Educação II e entrevista semiestruturada com os professores do atendimento educacional especializado para identificar as adequações necessárias para atender as especificidades de acordo com o perfil funcional dos alunos. As falas das entrevistas foram organizadas em forma de síntese descritiva e as informações dos três instrumentos de coleta foram organizadas em um documento único, triangulação dos dados, que foi analisado segundo a análise de conteúdo sendo apresentadas as nove categorias geradas que foram: 1) Mobilidade e acessibilidade; 2) Mobiliários disponíveis e utilizados pelos alunos; 3) Participação e auxílio no desempenho de tarefas; 4) Preparar e limpar 5) Material didático-pedagógico disponível e utilizado pelos alunos; 6) Uso de materiais; 7) Uso do computador e equipamentos; 8) Trabalho escrito; 9) Comunicação funcional. Concluiu-se que somente os recursos de Tecnologia Assistiva que constam no "kit do Ministério da Educação para a sala de recursos" atendem parcialmente os alunos com deficiência física acompanhados pelo Atendimento Educacional Especializado, pois o tipo de mobiliário, estrutura de alguns materiais didático-pedagógicos e equipamentos, não favorecem seu uso e manipulação pelos alunos com sérios comprometimentos motores.

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