Tematizando as danças e a justiça social no ensino médio integrado do ifsp: produções de videoclipes e flash mobs
Por Paulo Henrique Leal (Autor).
Parte de Educação física no ensino médio: resistências e transgressões na prática político-pedagógica nos institutos federais . páginas 77 - 98
Resumo
Considerando o currículo de referência do Instituto Federal de São Paulo (IFSP, 2021; 2022), é possível afirmar que a práxis pedagógica docente no componente curricular da Educação Física, nos cursos técnicos de nível médio, na modalidade integrada – ou Ensino Médio Integrado – do Instituto Federal de São Paulo, deve tematizar as práticas corporais e suas dimensões culturais, estéticas, simbólicas e artísticas, por exemplo, tendo em vista as diferentes lutas histórico-sociais às quais se interseccionam. Juntamente, deve buscar contextualizações às tecnologias e o mundo do trabalho para que, deste modo, a formação omnilateral, politécnica, integral de cada estudante seja desenvolvida, potencializada e transcendida ao longo da vida em sociedade. As diferentes práticas corporais da denominada Cultura Corporal de Movimento ou Cultura de Movimento podem ser agrupadas em jogos, esportes, danças, lutas e capoeira, ginásticas, atividades circenses, práticas corporais de aventura e/ou na natureza, por exemplo. Especificamente, no contexto das práticas de danças, como podemos lematiza-las em aulas no Ensino Médio Integrado? Como articular tal prática às tecnologias e ao mundo do trabalho? Como vincular essa práxis às lutas histórico-sociais como o anti-racismo, anti-machismo e a anti-LGBTQIAPNK2+fobia, por exemplo?Salientamos que, para o melhor entendimento das pesquisas e lutas das pessoas LGBTQIAPNK2+, de sua dimensão política e histórica na sociedade, sugerimos o estudo do canal Tempero Drag (TEMPERO DRAG, 2021; 2023); igualmente, para a melhor compreensão das lógicas do racismo e machismo estruturais, bem como as suas relações com o conceito de interseccionalidade, sugerimos o estudo das obras de Lélia Gonzalez (GONZALEZ, 2011; 2020) e Djamila Ribiero (2018), por exemplo.