Tempo de sedentarismo e atividade física como discriminadores da diabesidade em quilombolas
Por Saulo Vasconcelos Rocha (Autor), Ricardo Franklin de Freitas Mussi (Autor), Clarice Alves dos Santos (Autor), Poliana Santana Pereira (Autor).
Em Journal of Physical Education (Até 2016 Revista da Educação Física - UEM) v. 34, n 1, 2023.
Resumo
A diabetes é caracterizada como uma condição simultânea de diabetes tipo 02 e obesidade. Dentre os aspectos que influenciam no desenvolvimento do diabetes, o tempo de comportamento sedentário e o tempo de atividade física são importantes fatores de risco. Objetivos: Estimar pontos de corte para o tempo gasto em comportamento sedentário e atividade física como discriminador da presença de diabesidade e avaliar a capacidade preditiva da CC e da AF para identificar essa condição em adultos quilombolas. Metodologia: trata-se de um estudo transversal com amostra composta por 332 adultos (idade ≥ 50 anos), participantes do estudo do Perfil Epidemiológico dos Quilombolas baianos residentes na microrregião de Guanambi, Brasil. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas e avaliação antropométrica. Foram incluídas informações sociodemográficas e de estilo de vida (atividade física e comportamento sedentário). Para analisar o ponto de corte do Comportamento Sedentário como preditor de diabesidade, foi utilizada a curva Receiver Operating Characteristic (ROC). Resultados: O tempo em comportamento sedentário >120 min/dia e o tempo em atividade física <240 min/semana foram os melhores pontos de corte para discriminar a diabetes em quilombolas, com área sob a curva ROC de 0,62, IC 95% (0,56-0,67 ) e 0,62 (IC 95%: 0,55-0,67), respectivamente. Conclusões: Os resultados mostraram que o tempo de comportamento sedentário e o tempo de atividade física apresentaram boa capacidade de discriminar a presença de diabesidade entre adultos quilombolas.