Tempo de tela como discriminador da autoavaliação do nível de saúde negativa em universitários
Por Thiago Ferreira de Sousa (Autor), Emanuele dos Santos Silva (Autor), Mariana da Silva Ferreira (Autor), Alex Pinheiro Gordia (Autor), Teresa Maria Bianchini de Quadros (Autor).
Resumo
Introdução: Os critérios de riscos dos comportamentos sedentários que podem predizer a saúde em nível negativo ainda não estão bem estabelecidos. Objetivo: Estabelecer pontos de corte dos comportamentos sedentários em frente à tela que discriminam a autoavaliação negativa de saúde em universitários. Métodos: Foi realizado um estudo transversal em 2019 com estudantes das universidades federais do estado da Bahia. A variável de classificação foi a autoavaliação negativa da saúde e as variáveis testadas foram o tempo de tela no total e em relação ao uso de televisão, computador para pesquisas e lazer, e vídeo game. Foram analisadas as áreas abaixo das curvas Receiver Operating Characteristics (ROC) e consideradas discriminantes aquelas com limite inferior do intervalo de confiança a 95% >0,50. O nível de significância foi de 5%. Resultados: Participaram 1.506 universitários. O tempo médio de tela no total para todos os estudantes apresentou curva ROC de 0,57 (IC95% = 0,54-0,60; sensibilidade = 45,8%; especificidade = 66,8%; ponto de corte de 9,2 horas/dia). Em homens e mulheres, o tempo médio de tela apresentaram curvas ROC de 0,58 (IC95% = 0,54-0,63) e 0,56 (IC95% = 0,53-0,60), respectivamente. Conclusão: A permanência em frente aos comportamentos de tela por tempo superior a 9,2h pode estimular a autoavaliação negativa de saúde. Esse ponto de corte, embora preliminar, pode ser útil para subsidiar políticas de fomento a avaliação positiva de saúde entre universitários.