Tempo Sentado, Imagem Corporal e Qualidade de Vida em Mulheres Após a Cirurgia do Câncer de Mama
Por Leonessa Boing (Autor), Camila da Cruz Ramos de Araujo (Autor), Gustavo Soares Pereira (Autor), Jéssica Moratelli (Autor), Magnus Benneti (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 23, n 5, 2017. Da página 366 a 370
Resumo
Introdução: A cirurgia é uma das modalidades de tratamento do câncer de mama e pode ser conservadora ou radical. Esse tipo de tratamento pode trazer alterações físicas e psicológicas para a vida das pacientes. Objetivo: Analisar a influência da cirurgia radical e conservadora sobre o tempo sentado, a imagem corporal e a qualidade de vida de mulheres após diagnóstico do câncer de mama. Métodos: Participaram 172 mulheres que foram submetidas à cirurgia radical ou conservadora do câncer de mama. Aplicou-se um questionário contemplando características pessoais, medidas antropométricas, nível econômico (IBGE), características da doença, tempo sentado (IPAQ – versão curta), imagem corporal (BIBCQ) e qualidade de vida (EORTC QLQ-C30 + QLQ BR - 23). Para a análise estatística, utilizou-se o teste do Qui-quadrado ou o teste exato de Fisher e o teste t de Student para amostras independentes e o teste U de Mann-Whitney. Resultados: As mulheres que foram submetidas à cirurgia radical apresentaram maior tempo sentado nos finais de semana, mais relatos de linfedema, piores escores de qualidade de vida (função física, dor, escala funcional, imagem corporal e sintomas no braço) e pior imagem corporal (vulnerabilidade, estigma, limitações, transparência e preocupações com o braço). Conclusão: O tipo de cirurgia pode influenciar o tempo sentado e aspectos da imagem corporal e da qualidade de vida, com piores escores para as mulheres submetidas à cirurgia radical.