Resumo

Na sociedade e, consequentemente, nas instituições escolares, encontramos alunos e famílias oriundos de vários tempos e lugares sociais. Para que ocorra um processo de ensino e aprendizagem significativo é preciso que toda comunidade escolar esteja comprometida. Desta maneira, diante desse contexto presente nas escolas, algumas questões pertinentes para essa pesquisa foram levantadas: como aconteciam e acontecem as manifestações dos jogos e brincadeiras no seio familiar dos alunos? Essas manifestações são as mesmas nas diferentes gerações e culturas em relação ao tempo, espaço e aprendizados? É possível uma prática pedagógica que contemple essas manifestações do jogar e do brincar familiar em um processo de ensino e aprendizagem? Diante de tais perguntas, essa pesquisa qualitativa de campo teve como objetivo geral compreender como as brincadeiras e os jogos se inserem em tempos e espaços na construção social e cultural de diferentes gerações. Os objetivos específicos foram: propor uma ação pedagógica que valorizasse a interação família e escola por meio de brincadeiras e jogos; promover espaço para a autonomia dos estudantes e analisar quais foram as implicações desse processo de ensino e aprendizagem. O público participante foi trinta e três alunos de três 6.º anos, com idade entre 10 a 14 anos. Para o levantamento dos dados, foram realizados um questionário de autoaplicação com os alunos e com o responsável escolhido por eles, bem como o diário de campo e as produções realizadas pelos educandos (desenhos, redações e vídeos). Cada família elencou uma brincadeira que a representasse e estas foram vivenciadas pelas crianças. A análise de dados aconteceu por meio de categorias dos conteúdos, ou seja, foi feito um agrupamento de ideias e de expressões com base nas percepções dos participantes. O retorno que os alunos e os familiares participantes dispensaram durante o percurso foi muito relevante. Sem a participação ativa deles, não seria possível o levantamento de tantos dados significativos para a análise. Os resultados nos mostram a contribuição que os diferentes contextos proporcionam para a diversidade cultural, além das trocas de experiências entre as gerações. Algumas mudanças pertinentes aos jogos e às brincadeiras entre os descendentes, bem como os espaços que as crianças utilizam para brincar, foram evidenciados pela pesquisa. Outro fator que merece destaque com os resultados é a importância de aulas contextualizadas e que considerem os alunos os verdadeiros protagonistas do próprio processo de ensino-aprendizagem, tornando esse percurso significativo

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