Resumo

A educação de alunos com deficiências, distúrbios graves de aprendizagem, comportamento e outras condições que afetam o desenvolvimento, tradicionalmente tem se pautado em um modelo de atendimento especializado, denominado Educação EspecialNo entanto, nas últimas décadas, em função de novas demandas e expectativas sociais, os profissionais dessa área têm se voltado para a busca de alternativas mais inclusivas desses educandos. Uma das propostas recentemente utilizadas no Brasil com vistas ao incentivo do indivíduo com paralisia cerebral à prática continuada e inclusiva de atividades físicas adaptadas é o tênis de mesa adaptado/Polybat, um jogo de adaptação simples, praticado em uma mesa de tênis de mesa convencional, sem a utilização da rede, com anteparos fixados nas laterais. Implantar esta metodologia inovadora com um acadêmico do ensino superior na Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Quirinópolis, foi o objetivo desta investigação. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso descritivo e observacional, com intuito de produzir uma reconstrução vívida do que aconteceu no trabalho de campo. No que diz respeito à aplicação da metodologia, para a realização de cada partida, o enfoque sócio-recreativo esteve sempre presente nas ações da equipe de trabalho. O jogo propriamente dito foi disputado, diariamente, em 11 pontos ou o chamado jogo curto, entre o sujeito deste estudo e os acadêmicos responsáveis pelo trabalho, 4 vezes por semana, totalizando 19 encontros com 30 minutos de duração cada. Os resultados permitiram identificar melhorias no equilíbrio corporal, no controle postural e no controle dos membros superiores e inferiores com relação a diferentes situações de ataque e defesa durante o jogo. A integração social esteve presente em quase todo o desenvolver da respectiva metodologia, porém, é necessário que mais estudos sejam feitos no sentido de elucidar variáveis que de certa forma podem estar interferindo neste tipo de atividade, especialmente a ansiedade, a fadiga e a falta de comprometimento com inclusão por parte da comunidade acadêmica.

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