Tênis de mesa adaptado/polybat na inclusão de aluno com deficiência física no ensino superior: um estudo de caso pautado na observação sistemática de gestos e relações interpessoais
Por Guilherme Lima Teles (Autor), Gustavo Henrique de Moraes Bretas (Autor), Pedro Freitas Morais (Autor), Aline Miranda Strapasson (Autor), Susana Maria Mana Aráoz (Autor), Luiz Delmar da Costa Lima (Autor), Veridiana Mota Moreira (Autor).
Em Praxia - Revista on-line de Educação Física da UEG v. 1, n 3, 2013.
Resumo
A educação de alunos com deficiências, distúrbios graves de aprendizagem, comportamento e outras condições que afetam o desenvolvimento, tradicionalmente tem se pautado em um modelo de atendimento especializado, denominado Educação Especial. No entanto, nas últimas décadas, em função de novas demandas e expectativas sociais, os profissionais dessa área têm se voltado para a busca de alternativas mais inclusivas desses educandos. Uma das propostas recentemente utilizadas no Brasil com vistas ao incentivo do indivíduo com paralisia cerebral à prática continuada e inclusiva de atividades físicas adaptadas é o tênis de mesa adaptado/Polybat, um jogo de adaptação simples, praticado em uma mesa de tênis de mesa convencional, sem a utilização da rede, com anteparos fixados nas laterais. Implantar esta metodologia inovadora com um acadêmico do ensino superior na Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Quirinópolis, foi o objetivo desta investigação. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso descritivo e observacional, com intuito de produzir uma reconstrução vívida do que aconteceu no trabalho de campo. No que diz respeito à aplicação da metodologia, para a realização de cada partida, o enfoque sócio-recreativo esteve sempre presente nas ações da equipe de trabalho. O jogo propriamente dito foi disputado, diariamente, em 11 pontos ou o chamado jogo curto, entre o sujeito deste estudo e os acadêmicos responsáveis pelo trabalho, 4 vezes por semana, totalizando 19 encontros com 30 minutos de duração cada. Os resultados permitiram identificar melhorias no equilíbrio corporal, no controle postural e no controle dos membros superiores e inferiores com relação a diferentes situações de ataque e defesa durante o jogo. A integração social esteve presente em quase todo o desenvolver da respectiva metodologia, porém, é necessário que mais estudos sejam feitos no sentido de elucidar variáveis que de certa forma podem estar interferindo neste tipo de atividade, especialmente a ansiedade, a fadiga e a falta de comprometimento com inclusão por parte da comunidade acadêmica.