Testagem de uma proposta de avaliação da influência do treinamento aeróbio em indivíduos portadores do hiv

A influência do exercício fisico sobre a evolução da patologia causada pelo vírus HIV tem sido alvo d: m~itos estudos (LA PERRlERE, 1994). Entretanto, há um consenso na literatura que a qualidade, intensidade e frequencta do exercício para cada estágio da patologia, desempenham papel fundamental nessa relação. O objetivo deste es~do é demonstrar os resultados de um projeto piloto para a verificação da eficácia de alguns parâmetros hematológicos e funcionais propostos para analisar a interferência do exercício fisico na resposta imune de indivíduos portadores do virus HIV (PHlV). Foram acompanhados 05 voluntários do sexo masculino, distribuídos em grupo experimental (03) e controle (02), variando entre os 4 estágios do WHOSS (apud LIMA, 1992) para a patologia, com idades entre 29 e 40 (X= 35,3 ± 5,6) e 28 e 47 (X= 37,5 ± 13,4), respectivamente. O grupo experimental foi submetido a um treinamento aeróbio com intensidade de 50% a 60% VOz máx., com duração de 30 min., freqüência semanal igual a 3, durante 24 semanas. Foram realizadas 4 avaliações com intervalo de 8 semanas entre essas, sendo: a 1" antes, a 2" e a 3• durante, e a 4" ao término do período de treinamento. Cada avaliação foi composta de testes ergométrico (Protocolo de Bruce) e hematológico (leucócitos, linfócitos, hematócrito e hemoglobina) além de avaliações clínica e subjetiva. A aptidão cardiorrespiratória, ao término do período de treinamento apresentou uma melhora de 13,27% no grupo ex-perimental e de 9,44% no grupo controle. Os parâmetros hematológicos dos dois grupos não apresentaram alterações expressivas, assim como o estadiamento da patologia para os indivíduos se manteve o mesmo. Contudo, os indivíduos relataram subjetivamente uma melhoria na qualidade de vida. Provavelmente, as alterações pouco expressivas obtidas nos parâmetros mencionados são consequentes à mascaração de tendências de variação provindas tanto do tamanho da amostra, quanto do tempo de acompanhamento dessa. Em vista disso, os autores concluem pela validade de utilização desses mesmos parâm.etros no projet~ defini~ivo a. partir dos seguintes indícios: a) todos do grupo experimental evoluiram ou se mantiveram bem fistca e pstcológtcamente, comparando-se a 11 e a 4• avaliações subjetivas· b) o quadro clínico dos PHIV não piorou durante o estudo.

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