Resumo

introdução: O teste de esforço cardiopulmonar (TECP) fornece dados que orientam tratamento, prognóstico e tomadas de decisões. Entretanto, seu uso na insuficiência cardíaca de fração de ejeção normal (ICFEN) ainda não está bem esclarecido, em especial considerando novas variáveis que vêm despontando. Objetivos: Comparar o comportamento das principais variáveis diagnósticas e prognósticas do TECP entre dois grupos: pacientes com insuficiência cardíaca de fração de ejeção reduzida (ICFER) e pacientes com ICFEN. Métodos: Foram avaliados 36 pacientes com insuficiência cardíaca em classe funcional II-III da NYAH: 20 com ICFEN e 16 com ICFER do ambulatório de insuficiência cardíaca do Hospital Universitário Antônio Pedro (UFF). Os pacientes do Grupo ICFER selecionados foram os com FE < 35% e os do grupo ICFEN seguiram os critérios diagnósticos da Sociedade Europeia de Cardiologia de 2007. Realizou-se TECP, em esteira com protocolo de rampa, com analisador de gases VO2000. Foram aplicados teste t de Student , Mann-Whitney, teste de Fisher, modelo linear generalizado e de Cochran-Mantel-Haenszel para as análises estatísticas. Resultados: O grupo ICFEN apresentou níveis mais elevados da pressão arterial em repouso, na resposta ao esforço, na potência circulatória e ventilatória, além de um maior tempo de recuperação da cinética do consumo de oxigênio. Não houve diferença em relação a outras variáveis prognósticas do TECP para o grupo ICFER. Conclusões: A pressão arterial de repouso e em esforço, a potência circulatória e ventilatória e a cinética de recuperação do VO 2 (T1/2) foram as variáveis que apresentaram maior valor discriminativo entre os grupos pelo TECP.
 

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