Tipo e intensidade de atividade física associados à saúde mental de adultos idosos residentes na comunidade
Por Afonso Mello Tiburcio (Autor), Dartagnan Pinto Guedes (Autor), Marcello Augustto Da Silva (Autor), Anne Karoline Henares Ostrufka Silva (Autor), Gustavo Ribas Palmeiro (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Achados de estudos prévios apoiam sólida associação inversa entre atividade física e agravos de saúde mental em adultos idosos, enquanto o efeito de diferentes tipos e intensidades de atividade física permanece amplamente inexplorada. Sintomas de depressão, ansiedade e estresse emocional em adultos idosos estão estreitamente relacionados a uma série de resultados negativos para saúde e qualidade de vida. Incentivo a prática de atividade física tem sido considerado procedimento não-farmacológico promissor na prevenção e no tratamento de desfechos de saúde mental na população idosa. No entanto, existe necessidade de mais estudos na tentativa de propor intervenções fundamentadas e baseadas em evidências para avançar o conhecimento sobre este tópico e promover efetivamente a atividade física em adultos idosos.
Objetivo: Analisar a associação entre diferentes tipos e intensidades de atividade física e marcadores clínicos de saúde mental (depressão, ansiedade e estresse emocional) em adultos idosos da mesorregião Norte Pioneiro do Paraná.
Métodos: O estudo provém de dados preliminares de projeto de pesquisa mais amplo (Condutas do estilo de vida, força de preensão palmar, função cognitiva e saúde mental em adultos idosos: estudo epidemiológico) ainda em andamento. Neste momento, foram analisados dados de 248 participantes de ambos os sexos com idade ≥ 60 anos. Os participantes foram inqueridos sobre a frequência semanal que realizavam atividade física aeróbia de intensidade moderada e vigorosa por pelo menos 30 minutos/dia e atividade física de fortalecimento muscular independentemente de sua duração. As opções de respostas variaram de “nenhum” a “sete dias”. Versão traduzida/adaptada para uso no Brasil da Depression, Anxiety and Stress Scale – Short Form (DASS-21) foi usada para identificar marcadores clínicos de depressão, ansiedade e estresse emocional. Modelos de regressão múltipla hierarquizada foram usados para analisar as associações. As variáveis preditoras foram incluídas em blocos, sendo que os dados demográficos (gênero, idade e escolaridade) foram os primeiros a ingressarem no modelo, seguido pelos dados equivalentes ao tipo e à intensidade da atividade física autorreferida.
Resultados: Regressão múltipla hierarquizada para atividade física aeróbia de intensidade moderada (modelo 2) e vigorosa (modelo 3) e atividade física de fortalecimento muscular (modelo 4) como preditores de marcadores clínicos de depressão, ansiedade e estresse emocional após primeiro controle para dados demográficos.