Resumo

Achados de estudos prévios apoiam sólida associação inversa entre atividade física e agravos de saúde mental em adultos idosos, enquanto o efeito de diferentes tipos e intensidades de atividade física permanece amplamente inexplorada. Sintomas de depressão, ansiedade e estresse emocional em adultos idosos estão estreitamente relacionados a uma série de resultados negativos para saúde e qualidade de vida. Incentivo a prática de atividade física tem sido considerado procedimento não-farmacológico promissor na prevenção e no tratamento de desfechos de saúde mental na população idosa. No entanto, existe necessidade de mais estudos na tentativa de propor intervenções fundamentadas e baseadas em evidências para avançar o conhecimento sobre este tópico e promover efetivamente a atividade física em adultos idosos.

Objetivo: Analisar a associação entre diferentes tipos e intensidades de atividade física e marcadores clínicos de saúde mental (depressão, ansiedade e estresse emocional) em adultos idosos da mesorregião Norte Pioneiro do Paraná.

Métodos: O estudo provém de dados preliminares de projeto de pesquisa mais amplo (Condutas do estilo de vida, força de preensão palmar, função cognitiva e saúde mental em adultos idosos: estudo epidemiológico) ainda em andamento. Neste momento, foram analisados dados de 248 participantes de ambos os sexos com idade ≥ 60 anos. Os participantes foram inqueridos sobre a frequência semanal que realizavam atividade física aeróbia de intensidade moderada e vigorosa por pelo menos 30 minutos/dia e atividade física de fortalecimento muscular independentemente de sua duração. As opções de respostas variaram de “nenhum” a “sete dias”. Versão traduzida/adaptada para uso no Brasil da Depression, Anxiety and Stress Scale – Short Form (DASS-21) foi usada para identificar marcadores clínicos de depressão, ansiedade e estresse emocional. Modelos de regressão múltipla hierarquizada foram usados para analisar as associações. As variáveis preditoras foram incluídas em blocos, sendo que os dados demográficos (gênero, idade e escolaridade) foram os primeiros a ingressarem no modelo, seguido pelos dados equivalentes ao tipo e à intensidade da atividade física autorreferida.

Resultados: Regressão múltipla hierarquizada para atividade física aeróbia de intensidade moderada (modelo 2) e vigorosa (modelo 3) e atividade física de fortalecimento muscular (modelo 4) como preditores de marcadores clínicos de depressão, ansiedade e estresse emocional após primeiro controle para dados demográficos.

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