Resumo

O objetivo do presente estudo foi avaliar se atletas de futsal que diferem quanto à tipologia dos esquemas de gênero apresentam diferenças na composição corporal e nos níveis de aptidão física. A amostra inicial foi composta por 92 atletas do sexo masculino, com idade média de 24,58 (± 4,53) anos, os quais foram classificados em grupos tipológicos de esquemas de gênero do Modelo Interativo: Heteroesquemático Masculino, Heteroesquemático Feminino e Isoesquemático. Para a classificação da amostra em grupos tipológicos foi utilizado o Inventário Masculino dos Esquemas de Gênero do Autoconceito (IMEGA). Foram utilizados a técnica da antropometria para avaliação da composição corporal e os testes Squat Jump e Counter Movement Jump e Running Anaerobic Sprint Test; para avaliar, respectivamente, força explosiva e potência anaeróbia. Para a análise dos resultados foram utilizadas Análises de Variância (ANOVA) do tipo One Way e Análises de Variância Multivariadas (MANOVA). Os resultados demonstraram que os grupos Heteroesquemáticos Masculinos, Isoesquemáticos e Heteroesquemáticos Femininos apresentaram diferenças no índice de fadiga, sendo que os Heteroesquemáticos Masculinos apresentaram, em média, maior fadiga do que os demais grupos. Na avaliação dos seis tiros executados pelos atletas, observou-se que este grupo apresentou maior variação entre a potência máxima inicial e a final, quando comparado aos demais grupos. Os resultados permitem concluir que os diferentes perfis psicológicos adequam-se melhor ao desempenho de determinadas posições do jogo e/ou a determinadas situações específicas durante o jogo. Assim, sugere-se que o perfil psicológico deva ser utilizado na seleção de atletas, sem, contudo, deixar de considerar os fatores fisiológicos, técnicos e táticos.

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