Resumo

INTRODUÇÃO: O tipo de tarefa realizada determina o tipo de preensão utilizada, a força aplicada, bem como as posturas adotadas para sua execução. Diferentes posturas e preensões envolvidas nessas tarefas apresentam maiores ou menores riscos de lesões musculoesqueléticas. Objetivo: Descrever os tipos de preensão empregados durante atividades de manuseio de cargas de 5 e 10kg entre superfícies de alturas diferentes e, quantificar os movimentos de flexo/extensão, desvio radial e ulnar do punho registrados por meio da eletrogoniometria. Método: 10 voluntários masculinos manusearam caixa entre superfícies de alturas diferentes. Os tipos de preensão utilizados foram filmados. Diferentes categorias de preensão utilizadas durante essa tarefa foram identificadas. As amplitudes de movimentos e a porcentagem de tempo gasto dentro e fora das faixas de amplitudes pré-estabelecidas (150 de flexão e extensão, 100 de desvio radial, e 150 desvio ulnar) foram determinadas. Uma análise de univariância foi utilizada para avaliar diferenças significativas entre a antropometria das mãos dos voluntários, e entre os movimentos utilizados para o manuseio de cargas e alturas diferentes. Resultados e Conclusões: Os resultados mostraram que as alturas das superfícies para as quais os objetos eram manuseados influenciaram significativamente (p=0,000) as amplitudes articulares, contudo não houve diferença nos movimentos para as diferentes massas das cargas manuseadas (p=0,43). Tempo acima do considerado recomendável foi gasto em desvio radial quando os manuseios envolviam superfícies altas. Recomendações sobre local adequado para o acondicionamento de material a ser manuseado deveriam constar nos programas de treinamento visando a prevenção de lesões musculoesqueléticas.