Resumo

O objetivo foi descrever e comparar uma sessão de treinamento de força no Tirante Musculador® (TM) com uma sessão no meio agachamento guiado (MA), e também a recuperação dos participantes após a execução de ambos exercícios. 19 voluntários de ambos os sexos (10 do feminino e 9 do masculino), com média de idade de 17,4 ± 1,5 anos (58,7 ± 9,2 kg de massa corporal; 170,1 ± 9,1 cm de estatura; 35,1 ± 11,5 mm no somatório de dobras cutâneas), atletas de atletismo. Foram realizados dez encontros. No encontro 1 foi randomizada à escolha de qual exercício seria realizado primeiro, e foram realizadas a avaliação antropométrica e o teste de 1RM de um exercício, e após 72h realizaram quatro séries de oito movimentos com 80% do 1RM (encontro 2), e a cada 24h foram realizados testes para a avaliação da recuperação, até 72h (encontros 3, 4 e 5), e para o segundo exercício todo o procedimento foi repetido (encontros de 6 a 10). Durante os encontros 2 e 7 foram realizadas coletas da EMG dos músculos vasto lateral (VL), reto femoral (RF) e vasto medial (VM) e medida a velocidade de execução dos movimentos, já para os encontros de 3 ao 5 e de 8 ao 10, foram realizadas medidas da escala de qualidade total de recuperação (QTR), de dor muscular de início tardio (DMIT), contração voluntária isométrica máxima (CVIM), EMG do VL durante a CVIM e salto com contra movimento (SCM). Não houve diferença na EMG entre os dois exercícios (p>0,05), porém, o RF apresenta um tamanho de efeito grande (1,07), sugerindo maior participação do mesmo na execução do TM do que no MA, não encontrando diferença também entre a potência gerada no TM e no MA (p>0,05). Quando comparada a recuperação do TM com a do MA não encontramos diferença para nenhuma das variáveis medidas (p>0,05). Sendo assim, concluímos que tanto o TM, quanto o MA são bons exercícios para desenvolver a potência, e neste tipo de protocolo se recuperam rapidamente. O TM apresenta certa vantagem em relação ao MA devido às cargas externas absolutas serem menores que no MA e apresentarem respostas internas iguais. Qualitativamente, o efeito da carga aplicada parece durar mais tempo no TM do que no MA, mas, ambos acontecem na mesma magnitude, sendo assim, é necessário que novos estudos sejam realizados de maneira crônica para que se possa compreender de fato os possíveis efeitos.

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