Resumo

Entenda

O tiro esportivo adaptado é regido pela International Paralympic Committee Shooting. É baseado na modalidade olímpica do tiro – organizada e administrada pela International Shooting Sport Federation (ISSF) e possui as mesmas regras básicas, porém, com algumas adaptações necessárias à condição do praticante. Por exemplo: é permitido o uso de suporte para a arma (quando o competidor possui deficiência em membro superior) ou a possibilidade de atirar sentado (em cadeira de rodas ou outra cadeira comum) em caso de ser cadeirante ou paratleta com deficiência em membro inferior. O objetivo principal é, com um número pré-definido de tiros com rifle calibre 22 ou pistola pneumática, acertar um alvo estático e obter a maior pontuação possível. O alvo é constituído por dez anéis concêntricos e quanto mais central este for, maior será o valor da pontuação (variando de 1 a 10 pontos). Nos jogos paralímpicos existem duas fases: as etapas classificatórias e a etapa final. Nas primeiras somam-se as pontuações obtidas tanto em cada tiro quanto em cada etapa. Assim, os oito atiradores com melhores pontuações vão para a etapa final (e o escore é zerado). Nesta fase, os finalistas com menores pontuações vão sendo eliminados gradativamente. No desfecho sobram, portanto, apenas dois disputando o título de campeão.

Em relação às provas, elas são distribuídas de acordo com as seguintes diferenças: o calibre da bala da arma – 4.5 mm ou 5.6 mm –; o tipo da arma – de ar ou de perfuração –; a distância em que o atleta estará do alvo – 10 m, 25 m ou 50 m –; a posição do competidor – em pé, sentado ou de bruços –; e o tamanho do alvo. As provas podem também ser masculinas, femininas ou mistas, além de individuais ou por equipe.

A modalidade aceita amputados, paraplégicos, tetraplégicos e deficientes locomotores competindo nas mesmas categorias. O que distingue um atleta do outro é baseado em um sistema de análise funcional que avalia quatro características: equilíbrio sentado, força muscular, funcionalidade do tronco e mobilidade dos membros. Após a avaliação o paratleta é inserido em uma das três classes existentes: SH1, SH2 ou SH3. A primeira destina-se ao competidor que possui deficiência em membro inferior ou superior, mas não tem comprometimento do membro que irá realizar a ação de atirar; ou ao atleta com comprometimento só de membros inferiores que necessita estar sentado durante a prova. Nessa classe existem eventos que utilizam o rifle e outros que usam a pistola. Já na classe SH2 encaixam-se os paratletas que possuem comprometimento de membro(s) superior(es) e não conseguem atirar sem o uso de um suporte (este pode ser um instrumento ou um assistente). A única arma para esse grupo é o rifle. E, por fim, a classe SH3, que é destinada aos paratletas deficientes visuais, utilizando apenas o rifle como arma. Nas paralimpíadas só estão presentes as classes SH1 e SH2.

Tal modalidade exige autocontrole, capacidade de abstração, equilíbrio, coordenação, concentração e precisão. Os treinamentos, além de trabalharem a técnica esportiva, exigem também o uso de exercícios respiratórios – que promovem um maior autocontrole e redução do estado de ansiedade – e exercícios para desenvolver a concentração. É um excelente paradesporto para reduzir o estresse, ganhar autoconfiança, adquirir concentração e, consequentemente, aumentar o bem estar e a qualidade de vida do praticante

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