Tolerância ao exercício na tetralogia de Fallot pós-reparo: uma revisão sistemática com meta-análise
Por Jefferson Petto (Autor), Pedro Elias Santos Souza (Autor), Ana Glice Aragão Santos (Autor), Tailma Costa de Jesus (Autor), Ramon Martins Barbosa (Autor), Manuela da Silva Moura (Autor), Thais de Figueiredo Cedraz (Autor), Marvyn de Santana do Sacramento (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 23, n 1, 2024.
Resumo
A tetralogia de Fallot (TOF) é a cardiopatia congênita cianótica mais prevalente, representando cerca de 10 a 15% das cardiopatias congênitas. O tratamento da TOF é feito através do reparo cirúrgico de anomalias anatômicas cardíacas. Porém, mesmo após correção completa no TOF, há diferença na capacidade cardiorrespiratória entre pessoas com TOF corrigida e seus pares saudáveis. Objetivo: Comparar a capacidade cardiorrespiratória de pessoas com e sem TOF por meio da literatura especializada. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática com meta-análise registrada no Prospero sob o número: CRD42020205264. As buscas foram realizadas nas bases de dados Medline via PubMed, PEDro e SciELO por meio do cruzamento dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (Mesh): ((Fallot Tetralogy) AND (exercise)), sem restrições temporais ou linguísticas. Resultados: Sete estudos foram selecionados para a síntese qualitativa, 3 foram incluídos para a metanálise onde houve atenuação do consumo máximo de oxigênio (-6,56 [IC95%: -11,24; -1,89] e da frequência cardíaca máxima (-21,47 [IC95 %: -40,09; -2,85]) de pessoas com TOF corrigida em comparação com seus pares saudáveis. Conclusão: Indivíduos com TOF, mesmo após reparo cirúrgico, apresentam menor tolerância durante testes de exercício específicos.